sábado, 4 de dezembro de 2010

CADEIRA Nº 7



Joca do Arrojado (Acadêmico)
Ocupante Atual

João Gonçalves Primo (Joca do Arrojado) nasceu aos 10 de outubro de 1930, no distrito de Arrojado, em Lavras da Mangabeira (CE). Filho de Tomaz Gonçalves de Lima e de Maria do Espírito Santo Gonçalves, fez o seu primeiro poema aos quinze anos de idade, enquanto trabalhava na roça, e desde então, nunca mais parou. 

Em 20 de junho de 1952, casou-se com Valderice Ventura de Oliveira, com quem teve oito filhos: Antônio Gonçalves, Geralda Maria, Raimundo Nonato, Francisca Gonçalves, José Ivan, Luiz Gonçalves, Rita de Cássia e Francisco Ivanberto.

Em 1954, empregou-se na Estrada de Ferro, em Arrojado, aposentando-se em 1980. Mas o trabalho mais profícuo que realizou, foi a sua dedicação à poesia, sobressaindo-se no seu município e na região centro-sul do Ceará como grande poeta.

Sempre resistiu na sua faina de sertanejo, mas também sempre permitiu, com generosidade, que muitos levassem os seus poemas com promessa de publicação, contando-se entre eles, políticos e aproveitadores de todos os quilates, que se diziam seus amigos, mas que nada fizeram pela divulgação da sua obra.

 Em setembro de 2014, mais uma vez, eu o visitei em Arrojado, e ali tomei conhecimento de que um volume contendo boa parte da sua poesia havia sido levado para longe. 

Senti, então, que se fazia prudente a minha intervenção, no sentido do resgate e documentação da sua poesia. Foi o que fiz, de parceria com o seu neto, Artur Antunes, que digitou aquilo que foi possível encontrar no seu espólio literário.

Histórias de Um Poeta (Fortaleza: Expressão Gráfica, 2015) é o triunfo da sua produção. Os seus poemas inéditos, ao que penso, ficaram perdidos na memória ou no esquecimento do poeta, sempre generoso com os seus amigos e com os valores da sua região.

 Joca do Arrajado é, de forma indiscutível, um grande poeta, dos maiores que o município de Lavras produziu. Tem a linhagem dos iniciados, e pode ser comparado, sem nenhuma dúvida, a versejadores do porte de Fausto Correia Lima, Chiquinho Bezerra, Lobo Manso, Vicente Correia e Cabral da Catingueira.

Honram-me o resgate, a organização e a publicação dos poemas de Joca do Arrojado. Com isso, espero que outros escritores se voltem para a produção desse versejador, orgulho do distrito que o viu nascer.
Fonte: Dimas Macedo




Hilnê Costalima (Academica)
Primeira Ocupante.

Nasceu em Lavras da Mangabeira – CE, Graduada, Pós-graduada e Mestra em Serviço Social na área de Poíticas Pública. É Professora da Universidade Estadual do Ceará – UECE. Pertence a Academia Cearense de Retórica – Titular da Cadeira Nº. 8; Associação de Jornalismo e Escritoras do Brasil – AJEB; União Brasileira dos Trovadores – Secção do Ceará; Ala Feminina da Casa de Juvenal Galeno – Titular da Cadeira Nº. 58; Centro Latinoamericano de Trabajo Social – Lima-Peru; Academia Internacional de Letras Três Fronteiras – Brasil/Argentina/Uruguai (Membro Honorário). Produções Literárias: Artigos de cunho sociocultural publicados nos Jornais Tribuna do Ceará e Correio do Ceará (1973/1974); Momentos – poesias; Outras Janelas – poesias e crônicas;Diário de uma Cordelista - poesias e crônicas; Memória Rebelde - memórias; Discursos Acadêmicos (no prelo); Joana Célia - Entre o Silencio e a Razão - romance;Nos Bastidores de um Mestrado Acadêmico - ensaios e poesia. Participação em Antologias: Mulheres do Brasil; Um Livro da Ala; Talento Cearense em Poesia; AJEB – Antologia; Coletânea de Trovas (Ceará/Rio Grande do Norte).
Fonte: www.lavrasce.com.br/




Vicente Augusto (Patrono)


Nasceu Vicente Férrer Augusto Lima na cidade de Lavras da Mangabeira, aos 19 de junho de 1915, sendo filha de Maria Cira Férrer Augusto Lima e do Coronel Raimundo Augusto Lima, uma das mais vigorantes expressões do mandonismo cearense. Iniciou os estudos primeiros em sua terra natal e os prosseguiu no Ginásio do Crato. Transferindo-se para Fortaleza, aqui ingressou na antiga Faculdade de Direito do Ceará, para sair Bacharel aos 08 de dezembro de 1938. Ainda como estudante de Direito, por ato de 14 de dezembro de 1937, foi nomeado Prefeito Municipal de Lavras da Mangabeira, posto que exerceu até 17 de novembro de 1945. Na terra natal exerceu igualmente o cargo de Procurador Fiscal, de 1946 a 1947. Posteriormente, filiado ao Partido Social Democrático (PSD), foi por sucessivas vezes, eleito para o cargo de Deputado Estadual, nos períodos de 1947 a 1951, 1951 a 1955 e 1959 a 1963. De 1963 a 1965 exerceu as funções de Secretário para a Coordenação Administrativa do Ceará, no governo Virgílio Távora. Igualmente por este período foi eleito Suplente de Senador, vindo a exercer interinamente o cargo de Senador da República. De 1967 a 1971, eleito que foi para o período, exerceu o cargo de Deputado Federal, e, de 1971 a 1975, o cargo de Secretário da Casa Civil do Governo César Calls de Oliveira Filho. Membro da Delegação Brasileira ao Congresso Internacional de Municípios na cidade do Panamá, em 1956 e em San Diego, nos Estados Unidos, em 1960. Membro do Conselho de Assistência Técnica aos Municípios, de que foi presidente, e da Associação Cearense de Imprensa, é o Dr. Vicente Augusto, no Ceará, uma das maiores autoridades no campo de municipalismo, cuja teoria tem estudado com proficiência e afinco. Advogado de nomeada e causídico de renome, Professor da Escola de Administração do Ceará, da qual foi fundador, jornalista, membro de vários organismos e associações nacionais de classe, no Ceará, por longo tempo, exerceu o cargo de Secretário do Partido Social Democrático (PSD), de que foi um dos mais destacados integrantes. Contudo, os postos de destaque que sempre desempenhou nos altos escalões da administração estadual, e na cúpula do partido, nada fez com que esquecesse a política local de Lavras da Mangabeira, sendo assim o grande político lavrense que mais viveu ligado ao município, seu principal reduto eleitoral e onde por longo tempo teorizou as regras da política e monopolizou os interesses municipais diretamente ligados ao partido ao qual esteve filiado. Como jornalista, possui farta colaboração na imprensa fortalezense. Jurista, publicou os seguintes trabalhos: Controle de Administração Municipal, Fortaleza, IOCE, 1947; Iniciativa de Lei Sobre Vencimentos, Fortaleza, IOCE, 1952; e Questões de Direito Público, Fortaleza, IOCE, 1959, isto além de Mandato Político Usurpado, e Evolução das Rendas Municipais nas Constituições Brasileiras, ambos igualmente publicados em Fortaleza, o primeiro pela Editora Jurídica e o segundo pela Tipografia Progresso.
Fonte: MACEDO, Dimas. Lavrenses Ilustres. p. 144.

Nenhum comentário: