Sou marcado pela estreita participação da presença feminina em volta de mim, isso desde que me entendo de gente. São elas pessoas agradáveis, inteligentes, espíritos fortes nas ações e nos sentimentos, dignas do meu carinho e respeito. A começar por minha santa mãe, a professora que abriu as portas do pouco que realizo e vivencio ao longo desta caminhada, e permanece conosco para alegria dos filhos. Minha esposa, que admiro pela dedicação nos encaminhamentos da família e divisão das tarefas diárias. Minhas três irmãs, amigas que Deus me permitiu e de quem preservo a amizade como um bem raro e valioso. Minhas três filhas, as luzes que orientam as estradas por vezes sombrias, inspiração preciosa dos deveres e sonhos. Todas estas pessoas que transitam ao meu lado, que vieram chegando dentro de um ritmo e no instante ideal, formando figurações que só de lembrar me emociono.
A isto somo as amizades que estabeleço sempre, nas passadas e dos anos, leito de encontros e desencontros permanentes na existência. Vejo, pois, a mulher qual ser de valor especial em face da ligação interna que mantém com a origem primeira dos elementos, linha direta para o inconsciente, intuitiva, de sexto sentido bem aflorado nos mistérios da natureza representada pelo elemento religioso de Maria Santíssima, a mãe de Jesus, importante símbolo da religião dos católicos.
Assim, sob tais considerações, quero tecer algumas linhas mais quanto à responsabilidade coletiva, nesses tempos contraditórios, em relação à soberana importância do reconhecimento do papel das representantes femininas para equilibrar com justiça o universo das atitudes humanas.
Abomino sobremodo a incapacidade comum para descobrir as medidas desse convívio, no modo primitivo de levar a brutalidade ao espaço ocupado pelas mulheres, peças-chave da sociedade, a ponto de existirem delegacias policiais só destinadas a defendê-las, quais sendo de espécie nociva, invés da matriarca dos clãs e da civilização.
Sem cogitar dos costumes bárbaros da prostituição infanto-juvenil e dos assassinatos, estilo animalesco de abordar as necessidades do afeto, impondo leis selvagens aos relacionamentos, pior do que agiriam feras e celerados dementes.
Por tudo isso, há muito para cumprir da parte desta humanidade no trato do seu aspecto feminino, déficit este vinculado de perto ao desassossego e aos dramas de que se sabe e quase nada promovemos para evitar.