terça-feira, 3 de janeiro de 2017

 Centenário de Gustavo Augusto Lima
                                                Dimas Macedo

Gustavo Augusto Lima nasceu na cidade de Lavras da Mangabeira, aos 5 de janeiro de 1917. Filho do Cel. João Augusto Lima e de Marieta Leite Lima. Fez o curso primário na terra natal e o ginasial no Ginásio do Crato e Colégio Castelo Branco, em Fortaleza, de 1929 a 1934.
 Por meio de vestibular, em 1936, ingressou na Escola de Agronomia do Ceará, para diplomar-se Engenheiro Agrônomo em 1939, profissão a que deu notável desempenho, como funcionário público e cientista dos mais conceituados.
Em Fortaleza, foi servidor do Tribunal de Contas do Ceará e Subassistente da Secretaria de Agricultura Estadual. Por seis meses, serviu ao Instituto Baiano do Fumo, na Estação Experimental de Afonso Pena, na Bahia.
 De regresso à terra natal, exerceu as funções de secretário da Prefeitura e o cargo de Prefeito Municipal, por duas vezes, a primeira de 31 de março de 1946 a 10 de março de 1947, por nomeação do Interventor do Ceará, Pedro Firmeza, e a segunda, de 6 de janeiro de 1948 a 31 de janeiro de 1951, eleito que fora a 8 de dezembro de 1947.
Como prefeito de Lavras da Mangabeira, foi profícua a sua Administração, destacando-se a criação do Posto Agropecuário, a construção do prédio da Prefeitura Municipal e da sede do Grupo Escolar Filgueiras Lima, a instalação da Usina Elétrica do Município, a criação do Colégio Agrícola, do qual foi Professor Catedrático de Agricultura Geral e Especial e o seu primeiro diretor, por portaria de 31 de dezembro de 1953.
Do posto de Professor, afastou-se para ocupar o cargo de Deputado Estadual, função que exerceu de 30 de maio de 1963 a 8 de dezembro de 1965. Na tribuna parlamentar, muito reivindicou em favor do seu município e do ensino agrícola no Ceará.
 Na cidade que lhe serviu de berço, foi encarregado do Fomento do Fumo, resultante de acordo firmado entre o Estado do Ceará e o município de Lavras, e ali criou o serviço de combate à saúva, debelando mais de vinte mil sauveiros existentes no município.
Em 1967, reassumiu as funções de professor do Colégio Agrícola, cargo que ocupou por bastante tempo. Cientista e escritor, membro da Associação de Engenheiros Agrônomos do Ceará e do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia, é autor dos seguintes livros: A Cultura do Arroz (1973), A Cultura do Milho (1976), A Cultura do Feijão-de-Corda (1980) e A Cultura da Cana-de-Açúcar (1984).
Foi um dos mais eficientes prefeitos de Lavras da Mangabeira e um dos seus maiores beneméritos. A sua retidão, o seu humanismo e a sua devoção à causa social e educacional constituem um exemplo de vida e de trabalho a iluminar as novas gerações. Faleceu aos 28 de dezembro de 1988.

                                            (In Lavrenses Ilustres, 3ª ed. Fortaleza: Ed. RDS, 2012)