sábado, 7 de janeiro de 2012

AS TIETES DO VALE DO SILÍCIO - Emerson Monteiro

Vale do Silício, nos Estados Unidos, se trata de região privilegiada em termos de avanços tecnológicos, espalhando inventos novos pelo mundo afora numa velocidade supersônica. Nesse lugar, a partir de 1950 que inúmeras empresas da área da Informática pesquisam e ampliam o leque das opções de mecanismos, sobretudo da eletrônica e das comunicações. O Vale do Silício abrange várias cidades do estado da Califórnia, ao sul de São Francisco, como Palo Alto e Santa Clara, estendendo-se até os subúrbios de San José.

Com isto, desde essa matriz da tecnologia de ponta, chegam ao mercado todo tipo que mais imaginaram as pessoas dos componentes de transmissão do conhecimento humano de artes, cinema, fotografia, edições, música, arquitetura, telefonia, televisão, computação, internet, educação, gravações, etc. Porém, no mesmo perído, cresceu quase em nada o espírito da criatividade dessa gente bronzeada que ora ocupa postos de elaboração das redes avançadas de produção de imagens, peças artísticas em geral, pois verdadeira e avassaladora crise de qualidade dominou os setores dos bens simbólicos, quais sabotadores da informação moderna.

Na música, por exemplo, existem ótimas peças e grupos maravilhosos, oferecidos aos milhares nas lojas, em forma de cds e dvds, contudo, na grande maioria, obras dos talentos das décadas anteriores. Recentemente quase nada apareceu de revolucinário quanto aos valores da estética e do sentido inovador.

Daí se pensar que os vivos das gerações atuais permaneceram marcando passo, de olhos abertos só para as criações tecnológicas, sem, no entanto, corresponder ao mesmo peso de desenvolvimento material dos circuitos eletrônicos em moda. Qual dizem os provérbios populares, é muita galinha para pouco ovo. Escreveu não leu, surgem, nas belas rotinas do aparelhos magníficos, algo moderno que merece alguns minutos de atenção, pouco ou quase nada. Enquanto que violência, pornografia, mediocridade, zoada muita, mau gosto em profusão, embromação mil, parecem querer forçar a porta e invadir as casas onde os aparelhinhos sofisticados vivem bolando pelo chão, nos tapetes, quatos de despejo, nesse período que corresponde às novas ofertas e aquisições dos jovens consumidores, que, queira Deus, ainda não sejam peças alienadas de tanta fome do que é bom, feitos índios descalços apenas admirando as distantes estrelas do progresso verdadeiro.