domingo, 11 de julho de 2010

AS PORTAS DO ABISMO - Emerson Monteiro

O ser humano vive para responder a desafios, sendo esses ainda mais variados nos dias atuais, desde doenças transmitidas nas relações íntimas até as desigualdades sociais expressas nos da violência urbana que predomina, sobretudo nas cidades maiores, sem no entanto isentar dos crimes bárbaros as menores comunidades, em sua grande parte originados da falta de formação moral, do índice de agressividade crescente dos tempos ditos modernos e da utilização indiscriminada de substâncias bloqueadoras das funções da racionalidade.
Neste ponto histórico da nossa espécie, os exageros se apresentam com tamanha dominação que muitos se deixam abandonar sob o impacto desses desafios, quais meros escravos das avassaladoras ondas de uma destruição perversa.
O senso crítico bem que pode prevenir a vacilação comprometedora. Já partir da infância, os jovens devem dispor de estrutura para superar o sugadouro em que se transformou a cultura de massa, tendo ao comando a televisão, espécie de tóxico permissivo, de poderes inimagináveis, máquina do desequilíbrio, outro tipo de droga, quase sempre usada de modo equivocado para vender sensacionalismo, tolerada acima de qualquer avaliação prévia.
Assim, dizíamos, os jovens têm de descobrir desde cedo como criar firmeza para atravessar a longa jornada no planeta, independente da opinião de terceiros, pois a vida é, na verdade, uma missão individual, fora do juízo dos outros, considerando-se a saúde mental como a peça chave do equilíbrio naquilo que iremos cumprir no rumo da felicidade perene.
Quando detêm consciência do que fazem, os moços procuram agir com superioridade em relação a todos esses fatores adversos. Põem-se a par do valor das coisas simples, dentre elas a lucidez, construindo em si um sonho novo no coração, dentro da realização futura, a esperança dos tempos.
O jovem de hoje nem sempre possui condições de vencer o mar tormentoso da droga, porém deve fazê-lo, custe o que custar de sacrifício das vaidades e afoiteza, em nome de sua própria sobrevivência, porque traz consigo a semente do amor e da paz, respostas plenas de renovação de nossa espécie.
Avalie com carinho essa perspectiva: mantenha sua sobriedade no decorre da vida e verá como as reservas serão suficientes para vencer a todos os desafios. Só então perceberá o quanto há de sapiência nos mistérios da Natureza.