sábado, 3 de janeiro de 2009

Imbecilidade, a madrasta de todas as guerras

Emerson Monteiro

Vá lá que não se pretenda explodir os próprios sonhos, dadas razões autodestrutivas da patologia clássica. Contudo querer incluir os sonhos dos demais no processo de punição das culpas acumuladas pela perdição das horas de vida, que jogada fora a cada inútil atitude, isso merece reavaliação desde o princípio das ações, nos campos de batalha.
Daí a notação de ser imbecilidade pura desmanchar os artefatos letais em volta de si, na máquina da guerra, e espezinhar multidões de outros seres, inclusive o espaço do Planeta, fustigado nas unhas de horríveis monstros animais humanos.
Chegar à madrugada do novo ano falando essas coisas de alemães filosofias deixa transparecer, sem repressão, os sentimentos de indignidade que invadem as salas em face dos entreveros televisados, no returno do calendário.
Sem mais nem menos, acendraram ânimos e tomem bombas israelenses em represália a foguetes explosivos dos palestinos, na Faixa de Gaza. Fruto disso, juntem-se as mortes da população civil, produzida nos conflitos anteriores das mesmas gentes.
Acima de conceitos morais, há os ditames da ética para demonstrar a inutilidade da razão perante as providências dos guerreiros.
“Não importam os motivos da guerra, a paz é mais importante do que eles”, disse com absoluta propriedade Roberto Carlos. Mas a quem dizer isso? (há a quem?), conquanto existam tantos interesses por trás das agressões, os antivalores econômicos, religiosos, políticos, culturais, territoriais, desconhecidos, etc.
Perguntar a quem, ao vento, Dylan? Quantos canhões ainda explodirão até que o homem compreenda o condão da verdadeira fraternidade?
Uma mistura de desencanto com impossibilidade, somados alentos de compaixão pela dor alheia, nos pagos adversários que se embebem de sangue no chão comum a todos os conflito.
Prece e sonho flutuam nas mentes pelos ares, neste começo de tempo... Amar, enfim.