terça-feira, 31 de agosto de 2010

O SER E O TEMPO SÃO SÓ UM - Emerson Monteiro

O homem e a hora são um só
Quando Deus faz a história é feita.
O mais é carne, cujo pó
A terra espreita.


Fernando Pessoa.

Um, o seu outro lado; outro, o inverso de si mesmo. A integração absoluta do objeto no sujeito que perfaz do todo a face única, indivisível. O tudo e o nada numa unidade essencial e pura, uma unidade que mergulha o mistério do ser, reunindo a um só instante o tempo que resta e o bloco das consistências infinitas que um dia principiaram a ser, nas marcas de formas trabalhadas no confronto do dois em só uno e pronto, atritar persistente de esferas a rolar no abismo da eternidade, ao sabor do destino.
Predissessem limites e reflexos vazios contornariam a fronteira das marés, nos continentes dos mares, nos rios, linhas imaginárias de traços inevitáveis, porém vagos e inúteis, meras ficções de lábios rotos e gargantas secas entre terra e água. Pontos soltos a desenhar os céus com traços invisíveis, estridentes sonhos da inexistência, somas vultosas subtraídas e esquecidas em porões escuros de naus malassombradas, desaparecidas na bruma dos segredos.
Isso de perguntar da filosofia, nas questões reflexivas de alta profundidade, quer-se crer adiamento dos encontros definitivos com a sorte das estradas desertas, nas cinzentas, frias e ausentes madrugadas de prenhes de respostas contundentes, pois estas foram ali postas, dadas em graves acentos de bocas escancaradas e momentos de furor.
Ninguém alegue, pois, desconhecimento da lei depois das pistas avermelhadas de fogo e sangue prescritas nas alvoradas, tramas do reluzir das pedras. À ponta da língua do pensamento vêm e vão golfadas de sinais da solução do enigma, nas perguntas da vida. Desconfiados de que sabem a derradeira expressão da história futura, bichos arrastam os ossos ressequidos em caudas poeirentas pelo do deserto da existência, reluzentes lagartos de vaidade agressivas preocupações, quais teimosos animais de carga feridos nas vistas diante das claridades da luz.
Alimárias encandeadas, percorrem as trilhas toscas, aprofundadas no pisar das gerações, e andam aos tombos, formigas cambaleantes soltas no vento feitas folhas de árvores fantasmagóricas, sacrossantas miragens da adoração das tribos impacientes de antigamente. Pavios acesos e olhos apagados, o tropel das massas invade o território santo em blocos repetitivos, ao som dos trovões monumentais que quase ecoam sem final, às paredes metálicas de cordilheiras de fumaça.
Nas tripas enoveladas das entranhas, assim, dos tenebrosos monstros entontecidos ao zumbir do enxame feroz de insetos arcaicos atiçados de propósito pelas presas nas teias do pensamento, a dúvida de dentro seriam as dúvidas de fora, valor exclusivo das espécies individuais. Embaixo e no alto. Fora e dentro. Túnica sem costura. Essência de coisa em si e sujeito próprio de todos criador. Pomo particular e pronto.

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

CONVITE





A Academia Lavrense de Letras - ALL convida V. Senhoria e família para a palestra a ser proferida pelo acadêmico, poeta, escritor - DIMAS MACEDO: Literatura Lavrense - Notas para sua história. Na ocasião será comemorado o aniversário do palestrante - DIMAS MACEDO.

LOCAL: Livraria Acadêmica - Rua: Costa Barros, 901 - Aldeota.
DATA: 18 de setembro de 2010 (Sábado)
HORÁRIO: 19h30min.

Venha prestigiar - Aguardamos a participação de todos.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

O GOL - Emerson Monteiro

Início dos anos 70, tempos blindados e sonhos lotéricos também na Miranorte, cidadezinha do atual estado de Tocantins, onde Alemberg viveu parte de sua infância e guardou muitas histórias como esta que vamos contar.
Numa tarde de domingo, após a feijoada do meio-dia, na sala de visita de seu Luiz Torneiro, os amigos se achavam reunidos para acompanhar os jogos da Esportiva pelo País a fora. Na verdade era essa a diversão maior da semana.
Dona Iracema bem que se esforçava para dar de conta dos tira-gostos improvisados. Uns poucos aperitivos quentes e a festa enchiam todas as medidas, depois dos buchos cheios de feijão preto e dobradinha do almoço.
Lá pelas cinco e meia, a maioria dos placares recolhidos atendia ao cartão da apostas de seu Luiz, que muito se alegrava na transmissão da partida principal: no Maracanã. Jogavam Flamengo e Fluminense. Excluídos dois vascaínos da roda, os outros sete torciam pelo rubro-negro da Gávea, opção cravada sem sombra de dúvidas no sonho dos treze pontos.
A noite se definia calorenta, apesar de ligeira brisa que entrava pela janela da sala abafada. Sofá e poltronas pareciam mais aquecedores do que conforto, quando a soma dos pontos principiou a esfriar o sangue da turma com a hipótese do sucesso integral dos palpites. Nove jogos completados e o território ficava pequeno para tanta expectativa.
Seu Luiz chamou um dos filhos e passou as instruções:
- Vá na venda e pegue, adiantado, três brahmas geladas. - Percebeu que denunciava a certeza suada na vitória, mas disfarçou, acrescentando: - Traga também duas latas de quitute, que as coisas vão melhorar mesmo.
Compadre Zé Pedro administrava a totalização dos pontos, de ouvido ligado no receptor a válvulas, lápis e papel na mão. Outro resultado favorável, e a sorte se oferecia dadivosa.
Veio o material requisitado na bodega e a notícia se espalhara pela redondeza, arrebanhando os primeiros perus, que engrossaram o grupo e agitaram a casa. No meio do labacéu apenas uma figura permanecia quieta, desconfiada, impaciente da sala para a cozinha. Dona Iracema parecia concentrada na devoção ao santo para o empurrãozinho que faltasse. Ainda assim, cuidou com zelo de esquentar as conservas numa vasta travessa, combinadas de tomates e farinha que dessem para atender a todos.
Outros jogos se completavam e emoção grande se reservava do décimo primeiro ao décimo segundo. Houvesse saldo, teriam espocados os primeiros rojões. No entanto ouviam-se apenas os gritos estridentes da numerosa torcida. Restava aí tão só o garboso Fla X Flu. E tomem choro e gemidos.
Pelo visto, a fortuna sorriria naquela casa, naquela tarde. Daria Flamengo na cabeça, pois a partida pendia para seu término e o time garantia com facilidade o 2 x 1.
Daí generalizou-se a tensão, parecido como se os circunstantes sentissem a gravidade do momento. Por certo cada qual se punha no lugar da família de seu Luiz, em vias de realizar grande transformação. Passaria de pobre a rico, num golpe do destino. E escutaram, vindo de dentro do quarto, pungente a reza da dona Iracema, devota respeitável na frente do santuário. O locutor tremia a voz, como se vivesse o drama distante. Mãos suadas. Atenção redobrada nos lances de pequena área. E o tempo cooperando.
43 minutos do segundo tempo. 44. 45, e os descontos. Nessa hora, uma falta na cabeça da grande área a favor do Fluminense. Barreira formada, derradeiro cartucho, escaramuça debaixo das traves, e o tricolor converte:
- Gooooooooooooool! - de dentro do quarto, a explosão de alegria da fiel companheira de seu Luiz, braços aos céus, num gesto de agradecimento.
A princípio, calculou-se ter a mãe da família desvairado, produto da frustração que todos transpareciam, isso para susto de seu Luiz, que foi dizendo:
- Mas Iracema o gol foi do time adversário, e nós perdemos os treze pontos. Por que essa manifestação de alegria? - indaga receoso.
- Não é isso, não, Luiz. É que antonte faltou tempero em casa e com o dinheiro que deste para o jogo eu comprei foi os legumes e a perna de porco que vocês comeram no almoço de meio-dia, homê.

(Do livro Cinema de Janela, Terceira Margem Editora, São Paulo, 2001).

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

A FORÇA DO QUERER - Emerson Monteiro

Nas situações diversas em que a vida se mostra, perguntas saltam à nossa frente, pedindo interpretação das origens dos acontecimentos. Por mais grossos sejam os cadernos usados, sobram detalhes do lado de fora para exame posterior. De tudo por tudo querem as pessoas saber os motivos. Mas a correria diária segue no embalo constante, quase sem deixar espaço na busca dos mistérios.
Presos na dúvida materialista, muitos rejeitam as religiões, conformados aos prazeres imediatos. Farinha pouca, meu pirão primeiro, diz o povo. Na incerteza do futuro, derrubam árvores para comer uma única safra.
Por isso, vícios arregimentam força, pela imprevidência das pessoas quanto ao futuro. O incerto pelo duvidoso. Na juventude, esse velho costume sujeita um tanto de dependentes, pois eles dão preferência aos gozos da carne, invés do planejamento de futuro harmonioso. Quando ainda têm oportunidade, lá adiante se lamentam: Soubesse eu o que sei agora...
Vencer aos instintos nocivos salvaria o bem que nos espera nas possibilidades promissoras. Será reunir forças suficientes e conter os impulsos, para usufruir de novas ofertas. Quantos presidiários vivem arrependidos por perder o autocontrole em horas críticas. Atendem impulso destrutivo e destroem a liberdade, laçados nas malhas do remorso cruel.
Daí o conceito de que vitorioso não é quem vence os outros. Vencer a si mesmo eis na verdade o que conta. Evitar a derrota, ser conquistador dos instintos da perversidade, dos vícios, da vaidade humana.
Quem consegue elaborar outro roteiro na vida, submeter o erro e reconstruir as chances de obter a paz da consciência, receberá à vitória, além de demonstrar pelo exemplo o que outros necessitam.
Independente, no entanto, dessas aspirações comunitárias, valerá a satisfação pessoal de reverter vida trágica e descobrir caminhos de alegria e realizações interiores.
Para os místicos, Deus é isto, a vida que pulsa nas veias, no tempo e na luz perfeita do Universo. Está no amor entre as criaturas. No bem que produz em prol dos menos favorecidos. Nas forças da Natureza. No gosto de viver com ânimo forte, saúde física e mental, resultado de dedicação aos fatores da virtude. E a força do querer fala disto com bravura no coração dos heróis da espiritualidade.

domingo, 15 de agosto de 2010

ZODÍACO - Emerson Monteiro

Na década de 70, Salvador fora contemplada com a agência mais luxuosa do Banco do Brasil. Construída na artéria principal do Comércio, Avenida Estados Unidos, defronte ao porto, é um prédio monumental, todo revestido de mármore branco, de nove andares, que, em 1977, abrigava em torno de 500 funcionários. No andar superior, situava-se o auditório e o restaurante, este palco do que irei agora narrar:
Escolhido para assistir o inspetor Mário Jofre, mineiro de quatro costados que inspecionava a CACEX da agência, lá um dia almoçávamos no restaurante, o que costumávamos fazer durante sua estada na Bahia.
Ele havia pedido um bife mal passado, mas um único bife, que ocuparia o prato inteiro, acostumado a comer toda vez em que presenciei.
E enquanto esperávamos as refeições, aproximou-se um colega com quem desenvolvi rápida conversação a propósito de astrologia, horóscopo, essas coisas que, houve um tempo, me interessaram.
O inspetor prestou alguma atenção ao assunto. Quando o colega se afastou, quis ele saber se eu possuía conhecimento de signos. Respondi que sim, apenas qualquer. Então veio perguntando à queima-roupa:
- Pois dia a qual signo eu pertenço? – isto na mesma ocasião chegava o garçom trazendo o prato repleto da carne que ele pedira.
- Bom, inspetor, pelo prazer que o senhor tem de comer carne quase viva, deve ser Leão – respondi no chute, sem muita demora.
Com a resposta, o homem quase esquece o alimento à sua frente, alardeando em voz alta as minhas qualidades de conhecedor de signos, etc., na maior das alegrias.
Nisso, bem naquele movimento, vem chegando Brito, o gerente adjunto responsável pelo pessoal da agência, dotado da fama de austero, executivo competente, típico das empresas grandes. Mediante a cena, o inspetor se dirigiu a ele já contando da minha capacidade em adivinhar o signo das pessoas, propagando uma fama recém adquirida.
Brito chegou calado e sentou à mesa conosco, sério, cara dura, sua característica, para, mantendo a pose, deflagrar:
- Sendo assim, diga qual o meu signo. - Imaginem a tal situação em que me vi, naquele momento, metido até o pescoço numa sinuca de bico.
Dentro de período curto, sem tergiversar, reuni os elementos que o juízo ofereceu e fui respondendo:
- Bom, deve ser Gêmeos ou Balança.
Quase no susto, vi a surpresa tomar de conta da fisionomia grave do gerente e escutei outra pergunta, agora admirada: - Por que Balança, por que Balança?
- Pelo seu jeito ponderado, equilibrado, de fazer o que faz – revidei, liberando a apreensão do imprevisto.
Nessa hora, terminava a refeição e, temendo novas indagações, cuidei de saltar fora, alegando compromissos de urgência. Vejam só, nem eu sabia dessas minhas qualidades de adivinho, demonstradas ao acaso da situação.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

O APRENDIZADO CONSTANTE - Emerson Monteiro

Um modo especial de encarar as diversas situações dentro dos dias é olhar o mundo livre de julgamentos e revoltas desesperadas. Na razão direta do pouco domínio das pessoas com relação aos acontecimentos, virou norma inteligente não teimar diante dos obstáculos, por mais comuns que eles sejam. Sabedoria acima de tudo representa, portanto, paciência, conformação, humildade em face daquilo que ninguém consegue resolver por si próprio, deixando ao tempo abençoado soluções inesperadas e impossíveis. Como gostam de repetir os afoitos: - Devagar se vai ao longe.
No entanto, só dizer isso pouco significa em termos de compreender que mistério monumental sempre invadirá o chão onde pisa cada um, ainda que detenha faixas de conhecimento e organize com cuidado, mesmo em horas cinzas, os conceitos da natureza. Porquanto ninguém abrange tudo em suas investigações e aprofundamentos.
Nisso algumas respostas somadas apenas falam insignificâncias do tanto que o futuro reserva, no estudo constante dos segredos universais.
Algo, porém, já se sabe e atende suficiente do que até agora foi realizado pelos povos, e dá para o gasto de sobreviver. Há uma espécie de mínimo necessário que conduz o processo a resultados desejados. Para onde se virem, os humanos crescem na tecnologia dos séculos da experiência. As respostas permitem que um sistema continue alimentando a espécie, no que pesem críticas de ecologistas aos excessos pecaminosos.
Em resumo, existir e adquirir maturidade em tudo por tudo, desde sonhar, comer, viajar, simboliza esse itinerário valioso dos momentos históricos depositados nas folhas secas do tempo.
Conquanto tantos reclamem, não existe outro jeito senão aceitar as contingências, arrumar os pensamentos e cumprir as leis, período este de adquirir mais conteúdo arrecadado no decorrer das existências.
Dúvidas e obstáculos significam, pois, oportunidades para novas e emocionantes jornadas de consciência e contribuições, fatores essenciais ao aprimoramento de pessoas e civilizações.
Ah! Quanta perfeição habita nessas estradas solitárias do percurso vida!

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

IMAGENS - Emerson Monteiro

Elas vêm de novo se achegando aqui por perto espraiando pelo firmamento do juízo, e tomam conta desse universo inteiro de mim. Os fragmentos amarelecidos nas lufadas de vento em folhas sacudidas, multidão impaciente, dão mostras de vida nas árvores da Serra. Junto, cantos esparsos, pipilados intermitentes de aves friorentas, ponteiam cada instante, assinalando o rufar do relógio preso dentro do guarda-roupa indiferente na condição da casa. E fiapos soltos de pensamentos voam libertos pelo ar, quais acordes sincopados de velhas sinfonias do mais distante passado. As cicatrizes do aprendizado, que a história oferece ao sentimento porejam de interrogações, nos toques abandonados de reluzentes aventuras arcaicas ao sol da manhã fria. São porta-lápis de aulas anteriores que invadem o querer da gente de falas, lembranças de filmes, livros, poemas, numa sala vazia das pessoas que se ausentaram, deixando saudades contundentes na existência audaz, enquanto o barco, impávido, seguia sua jornada-correnteza nos caminhos a acima.
Imagens grudadas nas paredes da memória que ardem, pois, notícias agitam o esquecimento ainda meio adormecido. Tantas palavras aqui depositadas em tomos empoeirados, nas prateleiras das coisas fugazes, biblioteca milenar de quimeras, sonhos, névoas, estremecimentos, motores eternos, quase trilhos, que circulam dimensões consistentes, acordes, cantigas, histórias, palmas acesas, o farol aberto das enseadas, grilhões rompidos e normas restabelecidas.
Cruzar pontes levadiças, cavaleiros andantes, vultos escondidos sob capuzes misteriosos, sombras que desfilam na retina imortal de olhos ensolarados, alvoradas festivas ao gosto próspero do viver sorridente que brinca semi-deuses conosco quadro a quadro.
Quantas cartas vagam silenciosas, a transcorrer os espaços aquecidos da alma. Quantas vagas... Então, número infinito de perguntas pulula na tela verde-azul em gotas suaves de ondas quebrando ao acaso, luzes vindas bem de dentro; com isso, mostram avisos de outras formações em movimento, mesma sequência de objetos ofertados às portas e janelas entregues no sereno circunstancial das horas.
Um pulsar de veias no só cuida de aumentar o cenário interior entranhado pela música do vento. Estrelas que latejam céus de ritmos persistentes. Contudo, cheiro de vida preenche o bojo dos sentidos, circula em volta do mastro do coração e desce pelas encostas adormecidas do corpo, tatuando marcas indeléveis, gravadas para sempre na eternidade de um todo coerente sem desaparecer ingrato nas curvas macias e carinhosas dos lençóis.
OBS.: Notas de uma madrugada fria de domingo, inícios do mês de agosto de 2010.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

CONVITE


Cumpre-nos, em nome do Presidente João Gonçalves de Lemos, convidar V. Sa. e família para participar da sessão plenária da Academia Lavrense de Letras a realizar-se no local, data e hora abaixo indicados.

Pauta:
• Debater e votar alterações estatutárias, ingresso de novos acadêmicos,
• Palestra do acadêmico escritor, biógráfo e poeta Dimas Macedo,
• Celebrar o aniversário Presidente da ALL.
Local: Livraria Acadêmica, Rua Costa Barros, nº. 901 – Aldeota.
Data: 14 de agosto de 2010 (sábado)
Horário: 9h30min.

Secretária Geral:
Rosa Firmo Bezerra Gomes