domingo, 16 de outubro de 2011

PARA QUE SERVEM OS DESAFIOS - Emerson Monteiro


Nas condições dos momentos, à frente das portas de sempre, em qualquer lugar, ou diante das ordens do espaço de viver, ninguém passa pela vida longe de enfrentar limites e desafios. Porteiras abertas da criatividade, transações de aproveitar o tempo, cabe aos indivíduos a epopéia das horas ligeiras de experimentar as oportunidades e conhecer os meandros da natureza mãe que morar em si.

O que parece filosofia, na realidade anda um pouco mais. Mostra, sim, que encarar a viagem através das pedras do desconhecido servirá de orientação a fim de observar o mistério espalhado na paisagem da chamada existência. Ninguém representa só passageiro inútil desfilando nas malhas de impunidade... Os mínimos aspectos dessa estrada abrem-se aos seres fantásticos que habitam nossa espécie, desde mulas sem cabeça a sacis impertinentes, a título da imaginação inesgotável e aos pedidos de compreender o enigma dessas ocasiões sucessivas.

Um olhar fixo dentro da gente, a luz da Consciência, demonstra responsabilidades imensas diante dos caminhos da salvação trazidos nesse território. Há sentido nas visões da janela do trem, que desenvolve velocidade quase acima das nossas forças, enquanto o conhecimento de aproveitar ao máximo o percurso desliza no vento. Invés de querer definir para dominar, deixar entrar, nos cômodos da alma, o hálito rico do inesperado, das boas práticas da liberdade, no sonho intenso de manter abertos os olhos de enxergar as maravilhas.

Isto com a paciência das crianças e dos santos... Saber suportar o calor de lutas, às algumas vezes inglórias, no furor das tempestades, lições necessárias ao desapego de valores inúteis, na poeira que esvoaça e dobra nas curvas do destino.

Bom, falar de paciência e infinitude jamais esgota o assunto, senão perder-se-ia dos próprios nomes. Saber ler nas entrelinhas das palavras que querem dizer coragem. Paciência inesgotável, pois.

E, nisso, amar acima de tudo... Amar todos, independente de credo ou cor... Amar, na simplicidade incondicional dos sábios, ao Sol das religiões e das vivências da esperança.

Para, depois, lembrar com alegria os instantes do roteiro quando assistíamos aos melhores filmes na sala surpreendente das histórias coletivas, ao sabor do eterno. Aceitar as imposições e os bloqueios quais respostas às ações do que produziu em face desses desafios. Preparar, no instante atual, o que as leis do bem querer ofertam logo em seguida aos praticados. A quem quer bondade, que plante a semente no coração das pessoas que, juntas de nós, andam na perene estrada do Infinito, nisto se acha o resumo das escolas do saber.