domingo, 5 de fevereiro de 2012

ONDA DE FRIO NA EUROPA - Emerson Monteiro

O clima da Terra mudou a olhos vistos. Fenômenos já surpreendem populações inteiras nos mais diversos lugares, no entanto, com explicações plausíveis para tamanhas transformações nos acontecimentos, verdadeiras ameaças à sobrevivência e bem estar das espécies. Em 2010, por exemplo, houve mais terremotos na face do Planeta do que em todos os anos anteriores, causando apreensão e prejuízos, abrindo espaço às preocupações humanas com relação ao que sujeita ocorrer nas próximas décadas.

Em dias recentes deste princípio de ano (2012), a Europa atravessa grave crise climática diante das excessivas temperaturas verificadas, ocasionando, pelo menos, duas centenas de mortes em países de baixas temperaturas. Além das vidas em perigo, devido o abastecimento de gás natural e outras energias sofrerem drástica redução entre os mercados, gerando ainda mais deficiência nos instrumentos de reversão do quadro verificado.

Fortes indícios dos males de uma selvageria predatória longe de controle apontam, pois, à irregularidade racional de uso dos meios existentes para viver. Regiões reconhecidas pelo regime de chuvas regulares e fartas agora defrontam estiagens e secas de causa dó, fora mesmo das previsões, motivo de perdas sucessivas nas safras.

As razões das consequências, no entanto, crescem nas principais causas, dentre essas o desperdício dos recursos naturais a pontos jamais imaginados, pela ganância agressiva e perversa, em detrimento da Humanidade como um todo. Fome agressiva do domínio gratuito de bens preciosos a tudo justifica, febre doentia de esbanjamento e supérfluos que parece ilimitada, sobretudo das nações ricas, fora dos escrúpulos necessários à sustentação, imposição da própria miséria ética desse tempo do salve-se quem puder.

E nisso claudica o sistema da produção mundial, aberto à livre competição dos acúmulos desmedidos. O interesse dos grupos de poder predomina sob a justiça coletiva, peso comprometedor que e a quase ninguém sensibiliza para respostas proporcionais ao problema.

Milênios de desmatamento, guerras, testes nucleares, exploração incontrolada e poluição em massa só de longe cobram o preço impagável de tudo o que o amadorismo apocalíptico ora transforma em alertas extremos da Natureza mãe, em gritos de atenção surdos e valiosos.