Como disse Lincoln de Souza (Síntese bio-bibliográfica, sob o titulo "O Condor Sergipano" - Rio de Janeiro, 1954, Serviço de Documentação do MEC), "Se Rui Barbosa, pela sua incomparável atuação na Holanda, mereceu ser chamado A ÁGUIA DE HAIA, a Tobias Barreto, que não se lhe distanciou dos altos vôos do espírito, pode-se aplicar, sem favor ou exagero, o justo cognome de ” O CONDOR SERGIPANO"
No mês de junho (dia 07) do ano 1839 nascia Tobias Barreto na então Vila Campos do Rio Real em Sergipe. Ele teve rica trajetória de vida, como advogado, poeta, jornalista, deputado à Assembléia Provincial e professor da Faculdade de Direito. Apesar de haver-se extraviado parte de seus escritos, foram editados: Dias e Noites (poesia); Polêmicas; Filosofia Critica; Discursos; Menores e Loucos (jurisprudência); Estudos de Direito; (Vols. 1º e 2º); Estudos Alemães; Questões Vigentes (filosofia e direito); e Vários Escritos. Seus escritos na língua alemã mereceram comentários de ilustres figuras daquela Nação européia nas ciências e nas letras, um dos quais, em carta a um compatriota residente no Rio Grande do Sul, disse que "lhe parecia pertencer à raça dos grandes pensadores".
Tobias Barreto não saiu do Brasil, não conhecia nem mesmo o Rio de Janeiro e seus horizontes se restringiam a Sergipe, Bahia e Pernambuco. Ele, ao ingressar como professor na Faculdade de Direito "fez a sua prova de preleção oral e atingiu ao auge da eloqüência...e quando terminou recebeu a mais grandiosa manifestação dos estudantes, a cujo entusiasmo aderiram os lentes unânimes".
Tobias Barreto, disse Lincoln de Souza que, "fugindo aos horizontes áridos da ciência, do direito e da filosofia, se alçava, não raro, às regiões amenas da fantasia e do sonho..., dotado de vasta cultura artística, versejava, tocava piano, fazia critica literária, musical ou de teatro (ou em geral, de ópera).
A ALL presta, pois, homenagem a essa figura extraordinária que o Estado de Sergipe nos presenteou, Tobias Barreto, e parabeniza o povo sergipano.