Excelentíssimo Senhor Presidente, Dr. João Gonçalves Lemos, em nome de quem dirijo-me a todos que compõem um dos magníficos patrimônios culturais do Ceará, a Academia Lavrense de Letras, manancial da beleza escrita, que emoldura a nobreza literária dos brasileiros do nordeste, os cearenses, com marca registrada no refazer a história em Lavras da Mangabeira.
Foi com imensa satisfação que recebi o honroso convite para participar da solenidade festiva, alusiva ao terceiro Aniversário de Fundação dessa Academia, e muito me felicitei em receber o Título de Honra ao Mérito Cultural, momento ímpar e inesquecível na vida de qualquer educador.
Me senti naquela oportunidade, aureolada por uma espessa camada de alegria e felicidades, as quais hoje divido com todos os organizadores e patrocinadores diretos e indiretos que favoreceram para que aquele memorável acontecimento, viesse a acontecer com tanto esmero, registrando de forma nobre e enriquecedora a expansão da desenvoltura das potencialidades culturais da nossa terra.
Em retórica dos meus sinceros agradecimentos, estendo os meus sinceros parabéns à todos, pela iniciativa deste evento que, de forma indelével, trará inúmeros benefícios ao público leitor do nosso país. Notifico o meu desejo de permanente sucesso para essa Instituição que tão bem representa e dignifica um dos primeiros nomes deste Estado: “Ceará terra da luz”. Que esta luz que iluminou os primeiros clarões da nossa origem e instância territorial, possa continuar iluminando mentes, e colhendo frutos brilhantes dos cidadãos de Lavras da Mangabeira, cidade histórica que tem passado e presente pomposo, cintilados com letras grandes, no livro da nossa história, orgulho para todo lavrense!
Meus sinceros agradecimentos!
Iêda Torquato Lobo Vieira
Data de Fundação: 01 de junho de 2008 / Presidente: Dimas Madedo/ e-mail:academialavrensedeletras@gmail.com
segunda-feira, 29 de agosto de 2011
A SOLIDÃO DA DOR - Emerson Monteiro
É isto, sim, invés de tratar do tema a dor da solidão, tocar um pouco neste tema, a solidão da dor. Naquele momento em que se acha face a face com a solidão de verdade, livre das contradições e dos conceitos. Portas e janelas fechadas ainda que ao sol do meio dia. Quando nem adiante gemer, muito menos chorar... E a dor dói de consumir por forte que se seja. Ali, na beira de nós mesmos, esses grandes desconhecidos, no limiar do Eterno, enquanto a dor dói de não ter tamanho. Onde uivam lobos e choram homens, mulheres e meninos. Sem idade, a dor traz o perdão, reduz a nada e atiça o peito das resistências, num desafio esplendoroso... Doloroso, quero dizer.
Isso de quando as vaidades caem de joelhos e querem entrar de buraco adentro, na fronteira da inexistência. Pouco ou muito importa o tamanho da herança, e a dor dói de não ter juízo que aguente... Irmã dor, qual dizia Francisco de Assis, nas suas longas viagens espirituais.
Os laços com tradição e experiências anteriores somem no abismo infinito onde, soberana, a dor dói... Pássaros cantam pelos quintais em festa; o vento sopra nas árvores; ressurge bonito o Sol; a Lua, linda, desfila no céu... Times jogam na televisão do domingo de tarde... Tocam sinos nas igrejas... E dói a dor com fome feroz de paciência a roer o coração dos humanos.
Meu Deus, como estreita o caminho e tudo de repente nos abandona quando dói a dor e o sofrimento pede passagem na avenida, encostas das florestas escuras do desassossego.
Pedir a quem tem para oferecer. Pedir sempre, que ninguém sabe quando a dor chega trazendo consigo o custo das impiedades desse solo dourado. Surgirá silenciosa no instante certo, mãe e mestra, amiga da plena glória, no tempo da colheita nos calendários que nos abandonarão.
Ah, amigo, quando a dor mostra seu rosto, na vitrine daquela solidão, não há bom, não há melhor... Viva, pois, de saber que maiores são os poderes da certeza, e junto deles manda, senhora, a dor que nos prepara o dia de invadir o leito da saudade na paz dos mistérios em constante movimento.
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