sábado, 4 de dezembro de 2010

CADEIRA Nº 13

Pe. Clairton (Academico)

O Padre Claírton Alexandrino de Oliveira, uma das maiores expressões do clero cearense, nasceu às margens do Riacho do Rosário, no distrito de Quitaiús, município de Lavras da Mangabeira, a 1º de maio de 1951, sendo filho de Paulo Alexandrino de Oliveira e Francisca Maria de Oliveira.
Ungido pelos fervores da religiosidade e da atmosfera carismática daquele importante lugarejo, foi batizado (21.06.1951), crismado (27.10.1955) e recebeu a sua primeira eucaristia (15.06.1958) na Igreja de Nossa Senhora do Rosário, situada em sua vila de berço, templo onde rezou também sua primeira missa, em 21 de julho de 1974, um dia após a sua ordenação
Cursou Filosofia na Faculdade Católica de Filosofia do Ceará e na Universidade Católica de Minas Gerais; Teologia, na Universidade Católica de Minas Gerais e na Universidade Católica de Salvador; e Direito, na Universidade Católica de Minas Gerais, Universidade Federal da Bahia, Universidade Regional do Cariri e Universidade Estadual do Ceará.
Como sacerdote, exerceu inúmeros funções ministeriais, começando pela paróquia de Ipaumirim (Ce), em 18 de agosto de 1974, com passagens pelas paróquias de Baixio e Umari (1974-1975), de Henrique Jorge, em Fortaleza (1976), e de São Vicente Ferrer, em Lavras da Mangabeira (1992-1993).
Foi vigário forâneo na cidade do Crato, em duas oportunidades, e pároco da Catedral da Sé; e, no Rio de Janeiro, entre 1993 e 1994, foi capelão da Beneficência Portuguesa e pároco da Matriz de Nossa Senhora de Copacabana, destacando-se também como pároco da Igreja de Nossa Senhora do Carmo, em Fortaleza (1996), e administrador de encargos pastorais, na cidade do Crato.
Reitor da Igreja de Nossa Senhora do Rosário, Pároco da Catedral Metropolitana de Fortaleza,Vigário Episcopal e Vigário Judicial Adjunto da Arquidiocese de Fortaleza, Coordenador da Pastoral Familiar da mesma Arquidiocese e Vice-Presidente do Tribunal Eclesiástico Regional, órgão de Apelação da CNBB na região Nordeste: eis algumas das suas principais funções junto à comunidade da capital cearense.
Representante do Arcebispo de Fortaleza no Conselho de Desenvolvimento da Família, orgão de formulação e acompanhamento das Políticas Econômicas e Sociais do Governo do Estado, é membro da Sociedade Brasileira de Canonistas e Sócio Titular da Academia Lavrense de Letras.
No plano da pós-graduação, o Padre Claírton Alexandrino tem Especialização em Educação, pela Universidade Federal do Ceará; e Mestrado em Direito Canônico, pelo Instituto Superior de Direito Canônico do Rio de Janeiro, com diploma conferido pela Universidade Gregoriana de Roma.
Professor de Psicologia e Religião da Escola Nossa Senhora Aparecida, em Forteleza; Professor da Universidade Regional do Cariri; Professor do Instituto Teológico-Pastoral do Ceará (ITEP); e Professor de Teologia Moral e Direito Canônico do Instituto de Ciências Religiosas da Arquidiocese de Fortaleza, o Padre Claírton Alexandrino tem se destacado, assim no Ceará, como no Brasil, pelos seus conhecimentos nas áreas da Teologia e do Direito Canônico.
Cursou o seu doutoramento na Faculdad de Derecho Canônico da Pontifícia Universidad Católica da Argentina, onde defendeu a tese: Sínodo Diocesano – A Exeperiência Sinodal Brasileira, em 28 de outubro de 2003; e o seu pós-doutoramento foi realizado na Cidade Eterna, na Pontifícia Academia Para a Vida.
Advogado, canonista, latinista e jurista de renome, publicou, entre outros, os seguintes livros: Aborto – Vida que Morre na Fonte (Fortaleza, 1991); Vícios do Consentimento Matrimonial (Rio, 1994); e Sínodo Diocesano – A Experiência Sinodal Brasileira (Buenos Aires/Argentina, 2005).
Orador sacro e conferencista em seminários nacionais e internacionais, entre os seus cometimentos, neste campo, gostaria de destacar a sua intervenção sobre Terapia Familiar e Comunitária, realizada em Rottenbur/Stuttgart, na Alemanha, em 2008, e a sua homília no Santuário de Nossa Senhora de Guadalupe, na cidade do México, em 1980.
É detentor de várias comendas e títulos honoríficos: Cidadão do Crato, Cidadão de Juazeiro do Norte, Cidadão de Fortaleza, Colar de Gratidão da Polícia Militar do Ceará e Medalha Boticário Ferreira, da Câmara Municipal de Fortaleza.
A sua reconhecida erudição e a sua sapiência e o senso de justiça que preside à sua ação no campo social fazem do seu nome uma legenda que todo o Ceará aplaude e admira.
Lavras da Mangabeira, portanto, deve orgulhar-se de ser a terra desse arauto de Deus e da Igreja e desse vero amante da escritura católica do Brasil. (DIMAS MACEDO).





Irmã Férrer (Patrono)

Aurélia Teixeira Férrer, filha de Maria Teixeira Férrer e do Coronel Vicente Férrer de Araújo Lima, nasceu Aurélia Teixeira Férrer em Lavras da Mangabeira, aos 26 de novembro de 1905. As primeiras letras aprendeu-as no próprio ambiente familiar e as tomou dos professores Henrique Augusto de Aquino e Afonso Targino Filho, este juiz de Direito da comarca de sua terra de berço. Em 1923 entrou para o Colégio de Nossa Senhora do Sagrado Coração, de Fortaleza, dirigido pelas Irmãs Dorotéias, onde realizou os estudos secundários e o Curso Complementar. Decidindo-se pela vida religiosa, em Olinda, Pernambuco, cursou o noviciado da Congregação das Irmãs de Santa Dorotéia, onde teve por professor de Latim o Monsenhor Pedrosa. Terminando o aprendizado religioso em Olinda, seguiu para São Luiz do Maranhão, onde iniciou o seu apostolado, vindo em seguida prestar serviços à congregação em Fortaleza. No Colégio das Dorotéias de Cajazeiras-PB esteve por um período de dez anos e, em Alagoa Grande, no mesmo Estado, permaneceu durante os anos de 1954 e 1955. A Ordem das Dorotéias conduziu-a para Belém em 1956 e, em 1959, as exigências do apostolado a levou aos Estados Unidos, onde residiu por um período de quatro anos, regressando ao Brasil em 1963. Ali estabeleceu-se na Região na Nova Inglaterra, mais precisamente em Bristol e New Betford, onde desenvolveu intenso trabalho caritativo, realizando da mesma forma estudos superiores de Teologia e Psicologia na Universidade da Providência, em East Providence. Dos Estados Unidos regressou diretamente para Belém, onde viveu a maior parte da sua vida de religiosa. Ali integrou o núcleo regional da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, por designação da Arquidiocese de Belém, e militou como jornalista profissional na imprensa da capital paraense, especialmente junto aos jornais O Liberal, A Província e A Folha do Norte, mantendo ainda na Rádio Liberal um programa de orientação religiosa. Em 1966, a serviço da Congregação, viajou por Portugal, Espanha, França, Itália, Suíça, Alemanha, Grécia e Israel, registrando essa peregrinação em magistrais poemas tocados pela magia da fé. Retornando a Belém, prosseguiu em seu apostolado, sendo transferida para Fortaleza em 1977, onde vem desenvolvendo sua missão de religiosa junto ao Colégio de Nossa Senhora do Sagrado Coração, do qual tem sido professora e secretária, bem junto à Arquidiocese de Fortaleza, onde por algum tempo dirigiu o Boletim Informativo Arquidiocesano, por designação do Cardeal Dom Aloysio Lorscheider. Nas lides do magistério tem lecionado Inglês, Latim, Francês, História e Português, entre outras disciplinas. Além da publicação Na Voz do Uirapuru, tem colaborado na imprensa fortalezense. Poetisa de extraordinários recursos e prosadora de erudição e talento, em 1980, editado em Brasília pelo Centro Gráfico do Senado Federal, publicou um substancioso livro de poemas intitulado Em Busca da Plenitude, bastante elogiado pela crítica e com ele propondo-se a restabelecer a poesia em Cristo, a quem tem dispensado culto ardente e fervoroso.
Fonte: MACEDO, Dimas. Lavrenses Ilustres. p. 105.

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