Maria Lúcia Macedo Maciel (Acadêmica)
Filha de José Zito de Macêdo (Zito Lôbo)
e Maria Eliete de Macêdo, nasceu Maria Lúcia de Macêdo Maciel, aos 21 de
setembro de 1949, no Sítio Calabaço, município de Lavras da Mangabeira-Ce.
Estudou as primeiras letras com as professoras Adelice Macêdo e Juliêta Filgueiras, ingressando
posteriormente no Patronato São Vicente Ferrer, na sua terra natal.
Prestou “Exame de Admissão ao
Ginásio” no ano de 1961, realizando o curso na Escola Normal Rural de Lavras da
Mangabeira, recebendo o diploma de
Regente do Ensino Primário, em 13 de dezembro de 1964.
Diplomou-se Professora Normalista em 1967, pela Escola Normal Rural de
Juazeiro do Norte-Ce.
Em 1968 prestou exame vestibular para a Faculdade de Filosofia do Crato,
em Crato-Ce, onde cursou 02(dois) anos, transferindo-se para a Faculdade de
Filosofia do Ceará, em Fortaleza, onde concluiu seu curso superior em Pedagogia
com habilitação em
Orientação Educacional , em dezembro de 1972.
Na Faculdade de Filosofia do
Ceará cursou, concomitantemente, as Habilitações Pedagógicas Superiores em
Supervisão do Ensino e Administração Escolar (1973 e 1974).
Na Universidade Estadual do Ceará realizou o curso de Habilitação
Superior em Inspeção de Ensino, nos anos 1990/1991.
É pós-graduada em “Metodologia do Ensino Superior” pela Universidade
Estadual do Ceará, defendendo monografia intitulada : “INTERIORIZAÇÃO DA
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEAR5Á UMA TENTATIVA DE ANÁLISE ”.
Iniciou sua vida profissional
como professora primária no Colégio Pio X, em Crato-Ce, onde atuou nos anos de
1968 e 1969.
Em Fortaleza-Ce, na área da educação, exerceu as funções a seguir
elencadas: Professora do Curso Normal do
Colégio Agapito dos Santos (1971-1976); Professora do Curso Normal do Instituto
de Educação do Ceará(1974-1978); Orientadora Educacional do Colégio Estadual
Joaquim Nogueira (1973-1979); Supervisora Pedagógica da Televisão Educativa do
Ceará (1975-1979); Diretora Pedagógica do Colégio Joaquim Nabuco(1981-1982);
Orientadora Educacional integrante da Seção Técnica de Orientação Educacional
da 1ª Delegacia Regional de Educação (1979-1983); Inspetora de Ensino da 1ª
Delegacia Regional de Educação (1988-1993); Professor Assistente da Fundação
Educacional do Estado do Ceará Ceará (1976-1977); Professor Assistente da Universidade
Estadual do Ceará (1978-1987);Professor Adjunto da Universidade Estadual do
Ceará (1987-1996); Diretora do Núcleo de Auxílio Institucional da Fundação Cearense
de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico - FUNCAP (1996-2004).
Afora as atividades acima relatadas
desempenhou ainda as atribuições : Chefe da Seção Técnica de Orientação
Educacional da 1ª Delegacia Regional de Educação (1982); Membro da Comissão
Paritária Permanente do Pessoal do Magistério da Rede Oficial de Ensino do
Estado do Ceará, de 1984 a
1987, por nomeação do Governador do
Estado, publicada no D.O de 29/05/84;
Chefe do Departamento de Fundamentos da Educação da Universidade Estadual do
Ceará (1988-1989), sob Portaria nº 362/88 do Magnífico Reitor da UECE;
Assessora da Pró-Reitoria de Graduação da Universidade Estadual do Ceará
(1983-1987); Diretora do Departamento de Programas Especiais da Pró-Reitoria de
Pós-Graduação e Pesquisa da Universidade Estadual do Ceará (1993-1996) por
designação do Reitor da UECE – Portaria 1674/93; exerceu as funções de
Pró-Reitora de Pós-Graduação e Pesquisa da Universidade Estadual do Ceará, em
substituição ao seu titular, sob Portarias
nº 00297/95 e 00684/95 do Magnífico Reitor da UECE; Chefe de Gabinete da
Reitoria da Universidade Estadual do Ceará
de 2004 a
2008, sob Portaria nº 1117/2004 do Magnífico Reitor da UECE, publicada no
Diário Oficial do Estado em 01/09/2004.
É co-autora nas seguintes publicações:
“Projeto Integração Escolar” –
Secretaria de Educação do Ceará, 1983; “Manual de Orientação Básica para o
Inspetor de Campo” – Secretaria de Educação do Ceará, 1989; “Diretrizes
Normativas para Concessão de Autorização Temporária ao Exercício do Magistério
de Primeiro e Segundo Graus “ – Secretaria de Educação do Ceará, 1992;
“Manual de Instruções Básicas para Aplicação da Legislação do Ensino” –
Secretaria de Educação do Ceará; “Pesquisa e Pós-Graduação na UECE – Uma
Retrospectiva” – Universidade Estadual do Ceará, 1996; “Plano de Capacitação
Docente” – Universidade Estadual do Ceará, 1996.
Sócia do Rotary Club de Fortaleza Praia,
onde já exerceu as funções de Presidente da Comissão de Relações Públicas,
Presidente da Comissão de Administração ,
Oficial de Intercâmbio, Diretor
de Protocolo, Diretor de Boletim, dentre outros.
Nessa instituição , no ano rotário
2009/2010 foi eleita “COMPANHEIRA DO ANO’’, reconhecimento pelas contribuições
oferecidas ao ROTARY e pela defesa dos ideais dessa organização reconhecida
mundialmente e em 2016, recebeu o título de “Mulher do Ano”, recebendo o troféu
“HORTULANA LINHARES’’que , anualmente, homenageia mulheres que se destacam na
sua trajetória de vida nos vários papéis que desempenha. Comendas outorgadas
pelo Conselho Diretor do Rotary Clube de Fortaleza – Praia.
Fonte: Lúcia Macedo.
MARIA AUGUSTO FÉRRER LIMA (Patrona)
Moreninha Augusto, como era conhecida, nasceu na Fazenda São Domingos, Município de Lavras da Mangabeira, aos 07 de maio de 1910, sendo filha do Coronel Raimundo Augusto Lima e Maria Cira Férrer Lima.
Aprendeu as primeiras letras no Grupo Escolar da sua terra natal, então dirigida pela professora Amélia Braga de Morais. Posteriormente, freqüentou o Colégio das Irmãs de Santa Dorotéia, em Cajazeiras, na Paraíba, e em Fortaleza, concluindo os seu estudos secundários no Colégio Santa Teresa de Jesus, do Crato, onde diplomou-se Professora, aos 27 de novembro de 1932.
No ano imediatamente posterior, ingressou no magistério público estadual, mediante ato do então Interventor do Governo do Ceará, Coronel Roberto Carneiro de Mendonça, que a nomeou para exercer o cargo de Professora do Grupo Escolar de Lavras da Mangabeira.
Pouco tempo depois, foi investida na função de Diretora do mesmo estabelecimento de ensino, em cujo desempenho permaneceu até 1947, quando, por designação do Governo do Estado, viajou para o Rio de Janeiro, para ali realizar cursos de especialização no Ministério da Educação e Cultura.
Na Capital da República, depois de realizados diversos estágios de aperfeiçoamento, ingressou na Escola de Serviço Social do Instituto Social da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, por onde diplomou-se em Serviço Social em dezembro de 1952, obtendo o Grau de Assistente Social mediante tese intitulada “Uma Experiência de Serviço Social de Grupo”, dissertação constante de livro de 140 páginas, impressa pela Gráfica Olímpica Editora, do Rio de Janeiro, em 1952.
Foi uma das primeiras mulheres a se graduarem em Serviço Social, no Brasil, e talvez a primeira cearense a se diplomar nesta profissão em curso de nível superior.
Formada, regressou ao Ceará, onde, por alguns anos, desenvolveu atividades profissionais como Assistente Social do Conselho de Contas dos Municípios, anteriormente denominado Conselho de Assistência Técnica aos Município.
Entretanto, o que realmente marcou a sua vida profissional foi a sua brilhante atuação, no decurso de vários anos, como Assistente Social do Serviço Social da Indústria, no Rio de Janeiro, onde, entre outras atribuições, exerceu as elevadas funções de Chefe do Setor Social do Departamento Nacional do SESI.
A Dra. Morenhinha Augusto faleceu no Rio de Janeiro, aos 22 de novembro de 1981, sendo porém sepultada no Cemitério de sua terra de berço, como bem relata notícia veiculada no jornal O Povo, de Fortaleza, edição de 29 de novembro do mesmo ano.
O seu livro Manual da Mulher, cujos originais, ao morrer, deixara encaminhados ao prelo, foi publicado em 1982. Trata-se de trabalho todo ele resultado de profundas reflexões em torno da participação da mulher no processo de construção do edifício familiar. É o testemunho maior da sua experiência profissional e da sua atividade de escritora e humanista.
A Dra. Moreninha Augusto, sendo “inteligente e perspicaz, destacou-se sempre pelo admirável descortino demonstrado no desempenho de suas atividades, imprimindo cunho eminentemente humano à solução dos problemas submetidos ao seu exame, preocupada sobretudo em conciliar a rigidez fria da lei com a realidade palpitante da vida”. É o que sobre si sentencia o seu irmão Dr. Vicente Férrer Augusto Lima no prefácio que escreveu para o seu póstumo Manual da Mulher.
Fonte: Dimas Macedo
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