sábado, 4 de dezembro de 2010

CADEIRA Nº 23




Sebastiana Mangueira Vieira (Acadêmica)
Ocupante atual.


 Filha de Raimundo de Sousa Mangueira (Derinha) e de Maria José de Oliveira Mangueira, nasceu Nenenzinha Mangueira no Distrito de Mangabeira, Município de Lavras, em 03 de outubro de 1953.

Em sua terra de berço, realizou o ensino fundamental, até a 6ª série, e em 1969, mudou-se para Fortaleza, onde concluiu o primário e o pedagógico, diplomando-se em Estudos Sociais.

 Em 1992, ingressou na Universidade de Fortaleza - UNIFOR, ali concluindo os cursos de Pedagogia e de pós-graduação em Família – Uma Abordagem Sistêmica.

Ainda muito jovem, apaixonou-se pelo ensino fundamental, tornando-se professora do Ginásio Henrique Ellery, em Fortaleza, durante seis anos. Foi vice-diretora, em Mangabeira, da Escola de 1º grau Paulo VI, da qual foi fundadora, juntamente com seu esposo, o professor João Bosco Vieira.

Foi diretora pedagógica dos colégios Dom Quintino e Santa Teresa, em Fortaleza, e Assessora Pedagógica da Escola Caminho do Saber, em Mangabeira, sendo mãe de Ana Melissa, Jean Reuber e Ana Milena, os quais, juntamente com o marido, João Bosco Vieira, são o sustentáculo para que se mantenha firme como pessoa, cidadã, cristã e, acima de tudo, Educadora.

Pesquisadora, ensaísta e historiadora, é autora dos livros: Colégio Dom Quintino – 25 Anos Aprendendo Ensinando e Conquistando (2004) e Dois Homens, Muitas Histórias, Muitas Lições (2012).

Foi Secretária de Educação de Lavras da Mangabeira, no período de 2013-2016, sendo integrante da Academia Lavrense de Letras, onde ocupa a Cadeira nº 23, que tem como Patrona a Professora Maria de Oliveira Dias.
Fonte: Dimas Macedo.


       
 



Maria Carmosa Soares (Acadêmica)
Primeira Ocupante

Assim como escritor Moreira Campos, patrono de uma das cadeiras da Academia Lavrense de Letras, Maria Carmosa Soares não nasceu no município de Lavras, senão que viveu a infância e a adolescencia na velha Princesa do Salgado, cidade que resolveu adotar como terra da sua devoção e da sua ancestralidade materna. Apesar de estar assentado em seu registro civil que a sua família é originária de Mombaça, sempre propagou aos ventos que Lavras da Mangabeira é a sua terra de berço, pois que a Rua da Umarizeira (hoje Antônio Lobo), a Praça da Matriz e o Rio Salgado ficaram definitivamente impregnados em sua alma, de forma que a cidade é o ancoradouro e a inspiração maior de sua obra e o lugar para onde regressa costumeiramente. Filha de Pedro Vidal e de Maria de Nasaré Freire Vidal, nasceu aos 11 de maio de 1913; e viveu, de forma ininterrupta, durante vinte e dois anos, na terra da sua adoção, onde fez amigos, realizou o seu aprendizado e desfrutou os seus melhores momentos. Foi casada com Ildefonso Soares de Moura, falecido em 1982, nascendo, dessa união, os seguintes filhos: Pedro, falecido aos 28 anos, em 03 de março de 1966; Nazareth, viúva de Getúlio Andrade da Silveira; Noemi, solteira; Mary Ann, casada com Francisco das Chagas Nóbrega; e Ildemar, casado com Teresa Rodrigues Ramos. Residente Bairro de São Geraldo, em Fortaleza, começou a escrever os seus versos aos oitenta anos de idade, tendo publicado, até o momento, os seguintes livros: De Religiosidade, de Amor, de Amizade (1997), Poesias e Sonhos em Arco-Iris (2000), Rosas e Mais Rosas (2003), Minhas Celebridades e Outros Poemas (2006) e Carmosa Soares Canta Lavras da Mangabeira (2009). Carmosa Soares integra a Ala Feminina da Casa de Juvenal Galeno, onde ocupa a Cadeira 21; é Socia Efetiva da Academia Lavrense de Letras; e Sócia Benemérita da Academia de Letras dos Municípios do Ceará (ALMECE), entidades às quais tem devotado a sua impressionante energia e o calor da sua gratidão. Seu nome figura no Dicionário de Mulheres (Porto Alegre, Editora Nova Dimensão, 1999), Hilda Agnes Hübner Flores; participa anualmente do do concurso Talentos da Maturidade, com crônicas e poemas; e é colaboradora assídua do Jornal do Leitor, suplemento semanal de O Povo; e escreve com regularidade para os jornais O Ágape e Comunidade, órgãos da Renovação Carismática Católica de Fortaleza e da Paróquia de São Gerardo, respectivamente, colaborando também com a revista Legião de Maria, de Salvador. Carmosa Soares, ao que parece, caminha soberana para o seu centenário, em estágio de plena maturidade e lucidez. Anuncia, para breve, o lançamento de mais um livro de poemas, pois para esta destemida lavrense não existe a idade cronológica, mas a idade da vida desfrutada em sua plenitude. (DIMAS MACEDO).



Maria de Oliveira Dias (Patrono)


Maria de Oliveira Dias nasceu no distrito de Mangabeira, município de Lavras, aos 16 de abril de 1916. Filha de Antônio Bernardo de Oliveira e Maria Luiza do Nascimento. Foi aluna do Professor Paulo Moreira de Melo, um dos responsáveis pela alfabetização de muitos mangabeirenses.

Em 1934, após fazer seus primeiros estudos, matriculou-se no Colégio Santa Tereza, na cidade do Crato. Sempre a primeira aluna, obtendo nota dez durante todo o curso. E, nesse ritmo, concluiu o Curso Ginasial, em 1940, tendo sido oradora oficial da turma.

Foi a primeira professora diplomada da Vila de Mangabeira, onde exerceu a profissão com incontestável eficiência, tendo grande importância na vida escolar, educacional e social de sua terra.

Na sala de aula, empregou métodos modernos de ensino, adaptando os seus ensinamentos à realidade local e regional e jamais usando a palmatória ou o castigo, formas tradicionais de intimidação dos alunos, aplicados por mestres do passado.

Antecipando-se ao método Paulo Freire de ensino, suas aulas eram ministradas com muito amor, as crianças eram estimuladas e aprendiam suas lições cantando, dançando, recitando e dialogando; e graças a isso, sempre conseguiu o maior rendimento possível em sala de aula.

Em 1946, Maria Oliveira casou-se com José Augusto Dias, filho de Antônio Salvador Dias e Ana Augusto Dias, passando então a residir na terra do marido, no vizinho Estado da Paraíba, mais precisamente sítio Baraúnas, fronteira com o Ceará.

Ali conciliou sua condição de professora do Estado do Ceará com as atividades de dona de casa, dando aulas numa escolinha isolada do lado cearense, e voltando diariamente, com grande sacrifício, para a sua residência no lado paraibano.

Escreveu diversos trabalhos pedagógicos para facilitar o estudo dos seus alunos, a exemplo da composição literária – Como Amo o Brasil. E no outono da sua vida totalmente dedicada à causa da educação e da cultura, dois livros de sua autoria foram publicados: Mensagens do Coração (1986) e Mensagens do Mar de Nin (2004).

O escritor Dias da Silva foi o grande incentivador de sua obra literária, coordenado a organização de seus textos, recolhidos pelos seus filhos: Suely, Célia e Everardo, pelas suas sobrinhas:Ione e Leda Lemos, e pelas amigas: Joana (Nita) Duarte e Elenir de Lemos Amorim.

A sua trajetória de vida e a sua dedicação à causa da cultura, deram-lhe um lugar de destaque na história de sua terra de berço, tendo sido, em junho de 2008, eleita para a condição de Patrona da Academia Lavrense de Letras, sendo esta a distinção maior que se recebeu após a sua morte, ocorrida em Fortaleza, aos 22 de novembro de 1995. (DIMAS MACEDO).

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