Mário Bezerra (Academico)
Mário Bezerra Fernandes é natural do Sítio Patos, distrito de Arrojado, nascido e criado na fazenda do Zaca, localizada na confluência do ramal da estrada de ferro Arrojado – Souza/PB, e o Rio Salgado, município de Lavras da Mangabeira. Nesse aprazível local veio ao mundo aos 26 de julho de 1941. Originário dos troncos familiares que primitivamente se instalaram e povoaram vastas áreas do Médio Salgado. Esses desbravadores, na sua ingente luta, enfrentaram as adversidades impostas pelo clima e pelos autóctones. Disto foi palco todo o Baixo e Médio Salgado, no decorrer da colonização da região Sul do Estado do Ceará. Seus pais eram Francisco Fernandes da Silva (Leôncio) e Francisca Bezerra da Silva e seus avós paternos, Antonio Fernandes da Silva e Joana Cecília de Jesus; já os avós maternos eram Manoel Bezerra da Silva e Antônia Maria da Conceição. Adentrando-se na sua genealogia, chega-se aos precursores da Vila de Lavras, conforme se depreende a seguir. O seu avô paterno, Antônio Fernandes da Silva era filho de Agostinho Fernandes da Silva e de Terezinha Fernandes da Silva; sua avó paterna, Joana Cecília de Jesus era filha de João Gonçalves Viana e de Joaquina Bezerra da Silva. Pelo lado materno, seus bisavós eram Teotônio Bezerra da Silva e Antônia Teresa de Jesus, pais de Manoel Bezerra da Silva, seu avô materno. Em relação a sua avó materna, Antônia Maria da Conceição era filha do casal Antônio Bezerra da Silva e Maria Manuela da Conceição, sendo esta filha de José Alberto Leitão, que ao lado irmão Vitorino Gomes Leitão eram, segundo consta, sesmeiros e desbravadores da região que viria ser a Vila de Lavras. Até aqui se falou dos seus antepassados, do lugar de onde veio e quando nasceu, isto é, situando-o no espaço e no tempo. A seguir, será feita uma abordagem que o envolve na mais renhida luta, para conquistar um lugar ao sol, ante a estrutura rígida da sociedade rural no início da segunda metade do século passado. À bem da verdade, não é possível arrolar os pormenores dos acontecimentos que formam o leque de vicissitudes diversas: vitórias, reveses, superação, reconhecimento e a generosidade dos que lhe estenderam a mão nas horas difíceis. Todavia, de uma forma sucinta, pode-se narrar os fatos a partir daquele longínquo dia 06 de novembro de 1958. Nesse dia, chegou à casa de seus pais o Dr. Aloísio Teixeira Férrer que, ante as peças como cadeira, mesa, viveiro, cama, produzidas pelo então jovem Mário Bezerra de 16 anos, se surpreendeu com o seu talento. Naquele dia, o saudoso Dr. Aloísio fez uma exortação para que o artesão se transformasse num intelectual, foi um instante grandioso e premonitório das lides e peripécias futuras. Não havia tempo a perder! Imediatamente, foram tomadas as providências relativas à documentação e à preparação do exame de admissão na Escola de Iniciação Agrícola de Lavras da Mangabeira. Dois meses depois, foi concretizado o exame, para o qual concorreram 140 candidatos, destes, apenas ele, misto de artesão-agricultor-curioso, era autodidata. Isto por si só, constituiu-se num fato notável, com ampla repercussão entre os munícipes lavrenses. Sem dúvida, o acontecimento constituiu o primeiro feito intelectual de sua trajetória, ainda tão insipiente. Na Escola Agrícola, a sua permanência foi de dois anos, correspondentes à primeira e à segunda séries do então Curso Ginasial, no biênio 1959/1960, sempre com ótimo aproveitamento. Transferido para Fortaleza, cursou a terceira e quarta séries no Ginasial no Colégio Agapito dos Santos, entre os anos de 1961/1962. Vale dizer que a vinda para Fortaleza foi concretizada sob os auspícios do tio Tota Bezerra, homem detentor muitas qualidades pessoais, de dote poético e de amplo acatamento entre os repentistas renomados do Nordeste. Acima de tudo, foi graças ao gesto de bondade desse tio, que a conquista de uma modesta função pública junto à Assembléia Legislativa se concretizou, o que lhe propiciou a realização de sua vocação intelectual, cumprindo-se assim a inexorável destinação pessoal. Após o término do Curso Ginasial, continuou os seus estudos no então Curso Científico do célebre Liceu do Ceará, no decurso do triênio 1963/1964/1965, obtendo neste respeitável estabelecimento de ensino um excelente resultado, a ponto de granjear a aprovação, no Vestibular de 1966 para o Curso de Agronomia da Universidade Federal do Ceará, em segundo lugar entre centenas de candidatos. O Curso de Agronomia foi realizado no quatriênio 1966/1969, mantendo-se sempre no segundo lugar entre os setenta concludentes, colando grau em dezembro de 1969, obtendo então o título de Engenheiro Agrônomo. Em 1970 o Brasil atravessava uma das maiores crises recessivas na sua economia, com implacável repercussão no mercado de trabalho, que atingia, em cheio, os profissionais de Engenharia e Agronomia, cujo empregador era, preponderantemente, o setor público. Diante dessa conjuntura desfavorável essas carreiras tornaram-se marginalizadas. Assim, o recém-graduado vivenciou as agruras do desemprego, porque afastado da Assembléia, a pedido, viu-se à mercê do infortúnio e da incerteza. Vale salientar, que esta fase da sua vida, bem como, a do seu afastamento da função de Professor Titular, por motivação política, constituem provações muito fortes, a ponto de quase levá-lo ao desânimo para continuar perseguindo seus objetivos acalentados, do que resultaria em rotundo fracasso. Em face dessas desditas, é oportuno lembrar a sábia sentença poética de F. Otaviano: ...”quem não passou pela vida em branca nuvem,/... quem não sentiu o frio da desgraça,/ quem passou pela vida e não sofreu,/foi espectro de homem, não foi homem,/só passou pela vida, não viveu.” A grande oportunidade veio em agosto de 1970, quando a Escola Superior de Agricultura de Mossoró (ESAM) abriu concurso público para professor em várias disciplinas. Havia limitado número de vagas e muitos concorrentes, fazendo com que a disputa fosse acirradíssima. Mesmo assim, foi o vitorioso para os setores de estudo da Genética e da Experimentação Agrícola. Em 23/07/1971, aconteceu o fato mais importante de sua vida, trata-se do enlace matrimonial com a Engenheira Agrônoma Vera Lúcia Baima Fernandes, uma personalidade virtuosíssima, cujos dons fulguram tanto que inexistem adjetivos para qualificá-la. O seu talento abrange as dimensões humanista, científica, artística e espiritual. Ela, com a sua prodigiosa inteligência e operosidade, trouxe, para o lar, o amor. A virtude do amor, presente na vida matrimonial, comunicou a paz, a prosperidade e a felicidade. Dessa feliz união nasceram três filhos: Mário Júnior (Psicólogo e Historiador), Mário Henrique (Médico) e Mara Verly (Odontóloga e Advogada). Com dois anos de permanência no magistério, foi indicado para cursar Pós-Graduação Mestrado junto à Universidade de São Paulo no biênio 1972/1973, na área de Agronomia, no setor de Experimentação e Estatística em Piracicaba-SP. Retornando à ESAM, assumiu as atividades docentes e deu prosseguimento as pesquisas, individual e em colaboração. Do que resultou em mais de quarenta artigos científicos publicados em periódicos locais, nacionais e internacionais. Na ESAM, exerceu a chefia do Departamento de Fitotecnia no biênio 1974/75 e a coordenação de pesquisas, acordos e convênios no período entre 1975/76. Em 1976 empreendeu, ao lado da esposa, viagem à França, para cursar o Doutorado no famosíssimo “Institut National Agronomique Paris-Grignon”. Foram dois anos de árduas atividades para atender aos requisitos da titulação, envolvendo disciplinas, seminários e pesquisas. Cumprido todo esse elenco de atribuições, foi-lhe concedido o DEA (Diplôme d’Êtudes Approfondues), obtido com menção honrosa. Também enveredou pela política partidária, quando em 1984 disputou a Prefeitura de Mossoró, a maior e mais rica cidade do interior do Nordeste brasileiro, pelo recém-fundado PT. Após a sua aposentadoria em 1992, dedicou-se à produção literária, abrangendo textos dispersos em prosa e poesia. Toda essa atividade atende a uma determinada demanda ou situação como: homenagem a um amigo(a) que aniversaria, saudação panegírica, ou mesmo um esboço biográfico de alguém. Livros publicados ou em andamento, figuram: “Um Alpendre, Uma Rede e Um Lampião”, em parceria com Vera Lúcia Baima Fernandes; “Morton, Um Exemplo de Vida” e no prelo: “Centelhas das Emoções.
Fonte: mhbf75@oul.com.br
Prisco Bezerra (Patrono)
Filho de José Alves Bezerra e de Maria Augusto Bezerra, nasceu Prisco Bezerra na cidade de Lavras da Mangabeira, aos 27 de novembro de 1913. Estudando as primeiras letras na terra natal, transferiu-se para Fortaleza, aqui concluindo os estudos secundários e matriculando-se na antiga Escola de Agronomia do Ceará, para receber o grau de Engenheiro-Agrônomo em 1935, como integrante de uma turma de 14 doutorandos, da qual, além de seu nome destacam-se entre outros, o de Torres Câmara e Natanael Cortez. Depois de formado, integrou-se ao corpo do docente da citada Escola de Agronomia, primeiramente como professor assistente do Departamento de Fitotécnica, por ato de 27 de maio de 1936 e, posteriormente, como professor Catedrático da mesma disciplina, por ato de 19 de junho de 1953. Na mesma instituição superior de ensino, exerceu ainda as funções de dirigente do Departamento de Botânica Agrícola, compreendendo as áreas de anatomia, fisiologia e sistemática, bem como o cargo de professor de Fitopatologia e Microbiologia Agrícola, em 1939. Da mesma forma, foi professor Catedrático de Botânica Agrícola, do Departamento de Botânica. Na Universidade Federal do Ceará, além de professor, exerceu o cargo de Vice-Reitor de Planejamento e Finanças, bem como o de Diretor da Escola de Agronomia, hoje Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal do Ceará, por mais de vinte anos, em duas oportunidades, de março de 1946 a setembro de 1950 e de fevereiro de 1951 a agosto de 1967. À Escola de Agronomia do Ceará deu notável desenvolvimento, como também tem emprestado crescimento às ciências agrárias cearenses, quer nas lides do magistério superior, quer como cientista de raro aprimoramento e empolgante lucidez. O Dr. Prisco Bezerra na gestão da pesquisa científica e no trato das ciências agrárias tem se relevado ao longo de sua existência um batalhador incansável. Em prol da melhoria das condições de ensino e pesquisa tem dado o máximo de seu esforço, distribuindo com os seus alunos a experiência e o crescimento científico acumulados através de vários anos de dedicação à causa que abraçou. A partir de 1975 o Dr. Prisco Bezerra passou a ocupar o cargo de Professor Titular do Departamento de Biologia do Centro de Ciências da Saúde, continuando, entretanto, como diretor agregado da Escola de Agronomia, ao mesmo tempo que exercendo o cargo de Prof. Titular de Sistemática Vegetal e o de Diretor do Departamento de Virologia. Durante a sua carreira no magistério o Professor Prisco Bezerra realizou várias viagens ao exterior, notadamente ao México, Porto Rico e Estados Unidos, onde defendeu a maioria das suas teses. Como membro de várias associações e fundações nacionais e internacionais de cientistas, o Professor Prisco Bezerra faleceu em Fortaleza-Ceará, aos 08 de janeiro de 1985.
Fonte: MACEDO, Dimas. Lavrenses Ilustres. p. 138.
Mário Bezerra Fernandes é natural do Sítio Patos, distrito de Arrojado, nascido e criado na fazenda do Zaca, localizada na confluência do ramal da estrada de ferro Arrojado – Souza/PB, e o Rio Salgado, município de Lavras da Mangabeira. Nesse aprazível local veio ao mundo aos 26 de julho de 1941. Originário dos troncos familiares que primitivamente se instalaram e povoaram vastas áreas do Médio Salgado. Esses desbravadores, na sua ingente luta, enfrentaram as adversidades impostas pelo clima e pelos autóctones. Disto foi palco todo o Baixo e Médio Salgado, no decorrer da colonização da região Sul do Estado do Ceará. Seus pais eram Francisco Fernandes da Silva (Leôncio) e Francisca Bezerra da Silva e seus avós paternos, Antonio Fernandes da Silva e Joana Cecília de Jesus; já os avós maternos eram Manoel Bezerra da Silva e Antônia Maria da Conceição. Adentrando-se na sua genealogia, chega-se aos precursores da Vila de Lavras, conforme se depreende a seguir. O seu avô paterno, Antônio Fernandes da Silva era filho de Agostinho Fernandes da Silva e de Terezinha Fernandes da Silva; sua avó paterna, Joana Cecília de Jesus era filha de João Gonçalves Viana e de Joaquina Bezerra da Silva. Pelo lado materno, seus bisavós eram Teotônio Bezerra da Silva e Antônia Teresa de Jesus, pais de Manoel Bezerra da Silva, seu avô materno. Em relação a sua avó materna, Antônia Maria da Conceição era filha do casal Antônio Bezerra da Silva e Maria Manuela da Conceição, sendo esta filha de José Alberto Leitão, que ao lado irmão Vitorino Gomes Leitão eram, segundo consta, sesmeiros e desbravadores da região que viria ser a Vila de Lavras. Até aqui se falou dos seus antepassados, do lugar de onde veio e quando nasceu, isto é, situando-o no espaço e no tempo. A seguir, será feita uma abordagem que o envolve na mais renhida luta, para conquistar um lugar ao sol, ante a estrutura rígida da sociedade rural no início da segunda metade do século passado. À bem da verdade, não é possível arrolar os pormenores dos acontecimentos que formam o leque de vicissitudes diversas: vitórias, reveses, superação, reconhecimento e a generosidade dos que lhe estenderam a mão nas horas difíceis. Todavia, de uma forma sucinta, pode-se narrar os fatos a partir daquele longínquo dia 06 de novembro de 1958. Nesse dia, chegou à casa de seus pais o Dr. Aloísio Teixeira Férrer que, ante as peças como cadeira, mesa, viveiro, cama, produzidas pelo então jovem Mário Bezerra de 16 anos, se surpreendeu com o seu talento. Naquele dia, o saudoso Dr. Aloísio fez uma exortação para que o artesão se transformasse num intelectual, foi um instante grandioso e premonitório das lides e peripécias futuras. Não havia tempo a perder! Imediatamente, foram tomadas as providências relativas à documentação e à preparação do exame de admissão na Escola de Iniciação Agrícola de Lavras da Mangabeira. Dois meses depois, foi concretizado o exame, para o qual concorreram 140 candidatos, destes, apenas ele, misto de artesão-agricultor-curioso, era autodidata. Isto por si só, constituiu-se num fato notável, com ampla repercussão entre os munícipes lavrenses. Sem dúvida, o acontecimento constituiu o primeiro feito intelectual de sua trajetória, ainda tão insipiente. Na Escola Agrícola, a sua permanência foi de dois anos, correspondentes à primeira e à segunda séries do então Curso Ginasial, no biênio 1959/1960, sempre com ótimo aproveitamento. Transferido para Fortaleza, cursou a terceira e quarta séries no Ginasial no Colégio Agapito dos Santos, entre os anos de 1961/1962. Vale dizer que a vinda para Fortaleza foi concretizada sob os auspícios do tio Tota Bezerra, homem detentor muitas qualidades pessoais, de dote poético e de amplo acatamento entre os repentistas renomados do Nordeste. Acima de tudo, foi graças ao gesto de bondade desse tio, que a conquista de uma modesta função pública junto à Assembléia Legislativa se concretizou, o que lhe propiciou a realização de sua vocação intelectual, cumprindo-se assim a inexorável destinação pessoal. Após o término do Curso Ginasial, continuou os seus estudos no então Curso Científico do célebre Liceu do Ceará, no decurso do triênio 1963/1964/1965, obtendo neste respeitável estabelecimento de ensino um excelente resultado, a ponto de granjear a aprovação, no Vestibular de 1966 para o Curso de Agronomia da Universidade Federal do Ceará, em segundo lugar entre centenas de candidatos. O Curso de Agronomia foi realizado no quatriênio 1966/1969, mantendo-se sempre no segundo lugar entre os setenta concludentes, colando grau em dezembro de 1969, obtendo então o título de Engenheiro Agrônomo. Em 1970 o Brasil atravessava uma das maiores crises recessivas na sua economia, com implacável repercussão no mercado de trabalho, que atingia, em cheio, os profissionais de Engenharia e Agronomia, cujo empregador era, preponderantemente, o setor público. Diante dessa conjuntura desfavorável essas carreiras tornaram-se marginalizadas. Assim, o recém-graduado vivenciou as agruras do desemprego, porque afastado da Assembléia, a pedido, viu-se à mercê do infortúnio e da incerteza. Vale salientar, que esta fase da sua vida, bem como, a do seu afastamento da função de Professor Titular, por motivação política, constituem provações muito fortes, a ponto de quase levá-lo ao desânimo para continuar perseguindo seus objetivos acalentados, do que resultaria em rotundo fracasso. Em face dessas desditas, é oportuno lembrar a sábia sentença poética de F. Otaviano: ...”quem não passou pela vida em branca nuvem,/... quem não sentiu o frio da desgraça,/ quem passou pela vida e não sofreu,/foi espectro de homem, não foi homem,/só passou pela vida, não viveu.” A grande oportunidade veio em agosto de 1970, quando a Escola Superior de Agricultura de Mossoró (ESAM) abriu concurso público para professor em várias disciplinas. Havia limitado número de vagas e muitos concorrentes, fazendo com que a disputa fosse acirradíssima. Mesmo assim, foi o vitorioso para os setores de estudo da Genética e da Experimentação Agrícola. Em 23/07/1971, aconteceu o fato mais importante de sua vida, trata-se do enlace matrimonial com a Engenheira Agrônoma Vera Lúcia Baima Fernandes, uma personalidade virtuosíssima, cujos dons fulguram tanto que inexistem adjetivos para qualificá-la. O seu talento abrange as dimensões humanista, científica, artística e espiritual. Ela, com a sua prodigiosa inteligência e operosidade, trouxe, para o lar, o amor. A virtude do amor, presente na vida matrimonial, comunicou a paz, a prosperidade e a felicidade. Dessa feliz união nasceram três filhos: Mário Júnior (Psicólogo e Historiador), Mário Henrique (Médico) e Mara Verly (Odontóloga e Advogada). Com dois anos de permanência no magistério, foi indicado para cursar Pós-Graduação Mestrado junto à Universidade de São Paulo no biênio 1972/1973, na área de Agronomia, no setor de Experimentação e Estatística em Piracicaba-SP. Retornando à ESAM, assumiu as atividades docentes e deu prosseguimento as pesquisas, individual e em colaboração. Do que resultou em mais de quarenta artigos científicos publicados em periódicos locais, nacionais e internacionais. Na ESAM, exerceu a chefia do Departamento de Fitotecnia no biênio 1974/75 e a coordenação de pesquisas, acordos e convênios no período entre 1975/76. Em 1976 empreendeu, ao lado da esposa, viagem à França, para cursar o Doutorado no famosíssimo “Institut National Agronomique Paris-Grignon”. Foram dois anos de árduas atividades para atender aos requisitos da titulação, envolvendo disciplinas, seminários e pesquisas. Cumprido todo esse elenco de atribuições, foi-lhe concedido o DEA (Diplôme d’Êtudes Approfondues), obtido com menção honrosa. Também enveredou pela política partidária, quando em 1984 disputou a Prefeitura de Mossoró, a maior e mais rica cidade do interior do Nordeste brasileiro, pelo recém-fundado PT. Após a sua aposentadoria em 1992, dedicou-se à produção literária, abrangendo textos dispersos em prosa e poesia. Toda essa atividade atende a uma determinada demanda ou situação como: homenagem a um amigo(a) que aniversaria, saudação panegírica, ou mesmo um esboço biográfico de alguém. Livros publicados ou em andamento, figuram: “Um Alpendre, Uma Rede e Um Lampião”, em parceria com Vera Lúcia Baima Fernandes; “Morton, Um Exemplo de Vida” e no prelo: “Centelhas das Emoções.
Fonte: mhbf75@oul.com.br
Prisco Bezerra (Patrono)
Filho de José Alves Bezerra e de Maria Augusto Bezerra, nasceu Prisco Bezerra na cidade de Lavras da Mangabeira, aos 27 de novembro de 1913. Estudando as primeiras letras na terra natal, transferiu-se para Fortaleza, aqui concluindo os estudos secundários e matriculando-se na antiga Escola de Agronomia do Ceará, para receber o grau de Engenheiro-Agrônomo em 1935, como integrante de uma turma de 14 doutorandos, da qual, além de seu nome destacam-se entre outros, o de Torres Câmara e Natanael Cortez. Depois de formado, integrou-se ao corpo do docente da citada Escola de Agronomia, primeiramente como professor assistente do Departamento de Fitotécnica, por ato de 27 de maio de 1936 e, posteriormente, como professor Catedrático da mesma disciplina, por ato de 19 de junho de 1953. Na mesma instituição superior de ensino, exerceu ainda as funções de dirigente do Departamento de Botânica Agrícola, compreendendo as áreas de anatomia, fisiologia e sistemática, bem como o cargo de professor de Fitopatologia e Microbiologia Agrícola, em 1939. Da mesma forma, foi professor Catedrático de Botânica Agrícola, do Departamento de Botânica. Na Universidade Federal do Ceará, além de professor, exerceu o cargo de Vice-Reitor de Planejamento e Finanças, bem como o de Diretor da Escola de Agronomia, hoje Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal do Ceará, por mais de vinte anos, em duas oportunidades, de março de 1946 a setembro de 1950 e de fevereiro de 1951 a agosto de 1967. À Escola de Agronomia do Ceará deu notável desenvolvimento, como também tem emprestado crescimento às ciências agrárias cearenses, quer nas lides do magistério superior, quer como cientista de raro aprimoramento e empolgante lucidez. O Dr. Prisco Bezerra na gestão da pesquisa científica e no trato das ciências agrárias tem se relevado ao longo de sua existência um batalhador incansável. Em prol da melhoria das condições de ensino e pesquisa tem dado o máximo de seu esforço, distribuindo com os seus alunos a experiência e o crescimento científico acumulados através de vários anos de dedicação à causa que abraçou. A partir de 1975 o Dr. Prisco Bezerra passou a ocupar o cargo de Professor Titular do Departamento de Biologia do Centro de Ciências da Saúde, continuando, entretanto, como diretor agregado da Escola de Agronomia, ao mesmo tempo que exercendo o cargo de Prof. Titular de Sistemática Vegetal e o de Diretor do Departamento de Virologia. Durante a sua carreira no magistério o Professor Prisco Bezerra realizou várias viagens ao exterior, notadamente ao México, Porto Rico e Estados Unidos, onde defendeu a maioria das suas teses. Como membro de várias associações e fundações nacionais e internacionais de cientistas, o Professor Prisco Bezerra faleceu em Fortaleza-Ceará, aos 08 de janeiro de 1985.
Fonte: MACEDO, Dimas. Lavrenses Ilustres. p. 138.
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