quarta-feira, 6 de setembro de 2017

Acervo Documental De Lavras Da Mangabeira - Por Linda Lemos.

A historiadora e biógrafa REJANE MONTEIRO AUGUSTO GONÇALVES descende de tradicional família, de Lavras da Mangabeira – CE, onde nasceu aos 03.09.1948,  filha de Gustavo Augusto Lima e Laura Monteiro Augusto.

Sua trajetória acadêmica iniciou cedo, pois viveu a infância no sítio Pereiros, onde se localizava o Colégio de Iniciação Agrícola, que teve seu pai como diretor. A formação cristã teve influência da Congregação de Religiosas Católicas Irmãs Dorotéias, quando em regime de internato, no Colégio Nossa Senhora de Lourdes, na cidade paraibana Cajazeiras, fez o curso Ginasial. No ano de 1963, veio morar em Fortaleza, acompanhando seu pai, que cumpria tradição política da família, assumindo a Cadeira de Deputado Estadual. Iniciou o Curso Normal no Colégio Santa Cecília, para conclui-lo no Colégio São João, lá recebendo o diploma de Professora, em 1966. Graduou-se em Letras, pela Universidade Federal do Ceará, em 1995, e pós graduou-se em Administração Pública, na FIC/CE, 2009.

Tomou posse do cargo de Técnico Judiciário do Tribunal Regional Eleitoral do Ceará, em 1992, aprovada em concurso público, promovido por aquele órgão. Além de suas atividades específicas, a estudiosa Rejane Augusto passou a integrar um grupo de pesquisa para a editoração de publicações do TRE, bem como uma equipe de revisão a atuar na Seção de Editoração do Tribunal,  capacitada para o desempenho desse mister.

Impulsionada pela necessidade de conhecer melhor a história de sua terra natal, a pesquisadora Rejane Augusto começou a frequentar o Arquivo Público Estadual e Municipal de Lavras da Mangabeira, hemerotecas e bibliotecas de Fortaleza, buscando o passado e mantendo viva a história do município que a acolheu ao nascer.

No prazeroso encontro de cada novo fato, ela publica: Lavras da Mangabeira – Um Marco Histórico (1984), edição comemorativa do centenário da Cidade, estreitando a intimidade com jornais, livros e documentos históricos. Outras publicações: Coronel João Augusto Lima (1986); A Vocação Política de Fideralina Augusto Lima (1991), seu Discurso de Posse na entidade literária Ala Feminina da Casa de Juvenal Galeno; Umari, Baixio, Ipaumirim – Subsídios para a História Política (1997); Lavras da Mangabeira - Um Marco Histórico, 2ª edição, 2004; Os Augustos (2009) -Árvore Genealógica,  A História Eclesiástica de Lavras da Mangabeira (2013) além de ser coautora em várias publicações das entidades literárias as quais pertence: Ala Feminina da Casa de Juvenal Galeno, ocupando a Cadeira Nº 52, Patroneada por sua trisavó, Fideralina Augusto Lima e a reconhecida Academia Lavrense de Letras, com posse da Cadeira Nº 8, que tem como Patrono Gustavo Augusto Lima, seu pai.
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O Acervo Documental de Lavras da Mangabeira (2016) é sua mais recente publicação. Uma obra constituída por manuscritos (ofícios, atas, certidões e correspondências), não raro, datados do inicio século XIX, que retratam a história da formação política do Município, ao longo dos seus duzentos anos de emancipação política. Sobre esta pesquisa, o crítico literário lavrense Dimas Macedo declara: “Rejane nos presenteia com um livro rico, precioso, de importância mais do que histórica, porque resgata e cataloga os ofícios da Câmara Municipal de Lavras da Mangabeira desde 1828, tornando possível o rastreamento da vida institucional da cidade e suas manifestações”.

Não menos elogioso é o comentário do poeta, também lavrense, Batista de Lima, quando reconhece Lavras da Mangabeira como celeiro de bons escritores e destaca Rejane Augusto como integrante deste seleto grupo. Ele manifesta-se sobre a pesquisa da historiadora: um primor, não só pela belíssima encadernação, mas pela documentação conseguida nos arquivos estadual e municipal de Lavras, além daquela preservada pela família Augusto, dominadora da cena política na cidade, nos últimos 184 anos (Jornal DN, 22.11.2016).  

A fortuna crítica, em torno da produção literária da Professora Rejane Augusto, é extensa, cabendo-nos ressaltar a alegria, pela oportunidade de registrar admiração e respeito pela dedicada e criteriosa pesquisadora, especialmente, pelo seu caráter ético e credibilidade ilibada. Minha terra natal, Várzea Alegre, onde nasceu seu trisavô, Major Ildefonso Correia Lima, filho do patriarca da cidade, Raimundo Duarte Bezerra-corruptela Papai Raimundo e Ana Maria dos Passos também festeja as conquistas da trineta de Fideralina Augusto Lima. Os trabalhos de Rejane são bem fundamentados e preciosos tesouros históricos.

Mulher forte e dócil, bela e meiga, ela consegue conciliar suas atividades profissionais, literárias e familiares, de forma harmoniosa. O esposo, Luiz Gerson Gonçalves, os quatro filhos, demais familiares e os amigos têm o privilégio de sua convivência.




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