A historiadora e biógrafa REJANE MONTEIRO AUGUSTO GONÇALVES
descende de tradicional família, de Lavras da Mangabeira – CE, onde nasceu aos
03.09.1948, filha de Gustavo Augusto
Lima e Laura Monteiro Augusto.
Sua trajetória acadêmica iniciou cedo, pois viveu a infância
no sítio Pereiros, onde se localizava o Colégio de Iniciação Agrícola, que teve
seu pai como diretor. A formação cristã teve influência da Congregação
de Religiosas Católicas
Irmãs Dorotéias, quando em regime de internato, no Colégio Nossa Senhora de
Lourdes, na cidade paraibana Cajazeiras, fez o curso Ginasial. No ano de 1963,
veio morar em Fortaleza, acompanhando seu pai, que cumpria tradição política da
família, assumindo a Cadeira de Deputado Estadual. Iniciou o Curso Normal no
Colégio Santa Cecília, para conclui-lo no Colégio São João, lá recebendo o
diploma de Professora, em 1966. Graduou-se em Letras, pela Universidade Federal
do Ceará, em 1995, e pós graduou-se em Administração Pública, na FIC/CE, 2009.
Tomou posse do cargo de Técnico Judiciário do Tribunal
Regional Eleitoral do Ceará, em 1992, aprovada em concurso público, promovido
por aquele órgão. Além de suas atividades específicas, a estudiosa Rejane
Augusto passou a integrar um grupo de pesquisa para a editoração de publicações
do TRE, bem como uma equipe de revisão a atuar na Seção de Editoração do
Tribunal, capacitada para o desempenho
desse mister.
Impulsionada pela necessidade de conhecer melhor a história
de sua terra natal, a pesquisadora Rejane Augusto começou a frequentar o
Arquivo Público Estadual e Municipal de Lavras da Mangabeira, hemerotecas e
bibliotecas de Fortaleza, buscando o passado e mantendo viva a história do
município que a acolheu ao nascer.
No prazeroso encontro de cada novo fato, ela publica: Lavras da Mangabeira – Um Marco Histórico (1984),
edição comemorativa do centenário da Cidade, estreitando a intimidade com
jornais, livros e documentos históricos. Outras publicações: Coronel João Augusto Lima (1986); A Vocação Política de Fideralina Augusto
Lima (1991), seu Discurso de Posse na entidade literária Ala Feminina da
Casa de Juvenal Galeno; Umari, Baixio,
Ipaumirim – Subsídios para a História Política (1997); Lavras da Mangabeira - Um Marco Histórico, 2ª edição, 2004; Os Augustos (2009) -Árvore
Genealógica, A História Eclesiástica de Lavras da Mangabeira (2013) além de ser
coautora em várias publicações das entidades literárias as quais pertence: Ala
Feminina da Casa de Juvenal Galeno, ocupando a Cadeira Nº 52, Patroneada por
sua trisavó, Fideralina Augusto Lima e a reconhecida Academia Lavrense de
Letras, com posse da Cadeira Nº 8, que tem como Patrono Gustavo Augusto Lima,
seu pai.
.
O Acervo Documental de
Lavras da Mangabeira (2016) é sua mais recente publicação. Uma obra
constituída por manuscritos (ofícios, atas, certidões e correspondências), não
raro, datados do inicio século XIX, que retratam a história da formação
política do Município, ao longo dos seus duzentos anos de emancipação política.
Sobre esta pesquisa, o crítico literário lavrense Dimas Macedo declara: “Rejane
nos presenteia com um livro rico, precioso, de importância mais do que
histórica, porque resgata e cataloga os ofícios da Câmara Municipal de Lavras
da Mangabeira desde 1828, tornando possível o rastreamento da vida
institucional da cidade e suas manifestações”.
Não menos elogioso é o comentário do poeta, também lavrense,
Batista de Lima, quando reconhece Lavras da Mangabeira como celeiro de bons
escritores e destaca Rejane Augusto como integrante deste seleto grupo. Ele
manifesta-se sobre a pesquisa da historiadora: um primor, não só pela belíssima
encadernação, mas pela documentação conseguida nos arquivos estadual e
municipal de Lavras, além daquela preservada pela família Augusto, dominadora
da cena política na cidade, nos últimos 184 anos (Jornal DN, 22.11.2016).
A fortuna crítica, em torno da produção literária da
Professora Rejane Augusto, é extensa, cabendo-nos ressaltar a alegria, pela
oportunidade de registrar admiração e respeito pela dedicada e criteriosa
pesquisadora, especialmente, pelo seu caráter ético e credibilidade ilibada.
Minha terra natal, Várzea Alegre, onde nasceu seu trisavô, Major Ildefonso
Correia Lima, filho do patriarca da cidade, Raimundo Duarte Bezerra-corruptela
Papai Raimundo e Ana Maria dos Passos também festeja as conquistas da trineta de Fideralina Augusto Lima. Os trabalhos de Rejane são bem fundamentados e preciosos
tesouros históricos.
Mulher forte e dócil, bela e meiga, ela
consegue conciliar suas atividades profissionais, literárias e familiares, de
forma harmoniosa. O esposo, Luiz Gerson Gonçalves, os quatro filhos, demais
familiares e os amigos têm o privilégio de sua convivência.
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