Na caminhada através de
estradas longas, nessa história que há de ser quase completa, a preservação das
espécies, cuidado por demais inevitável, na angústia da precisão de produzir valores
e necessidades novas, experiências e audácias, quais heróis valiosos das vitórias
esplendorosas, para prosseguir, selecionar e correr todos os riscos, fugir de
toda armadilha ao decorrer do percurso. Salvar vidas e se salvar (vida),
mandatários da saudade lançados aos sabores tumultuosos dos ventos.
Quais, pois, isso, de andar
sorrateiro face dos tetos em ruína das ruas desertas, em cidades abandonas,
após largas explosões distantes, chegados solitários aos restos que ficaram ali
perdidos entre nuvens de silêncio absolutas pelos cantos das cercas de arame
farpado. De coração às mãos, esses agentes avançados da noite escura do desejo
estiram passadas e avançam, na fome guardada na espera jamais satisfeita das
sedes transcendentais, afoitos deuses.
Nos blocos destruídos
dessas gerações, paredes carcomidas no tempo fecham seus dentes nas dores
intransponíveis dos trastes e das flores artificiais, nos toques autênticos dos
poucos que ainda seguem no caldo de sangue pelas veias rasgadas através dos
tecidos de corações magoados.
Contar das
movimentações clandestinas dos audazes aguça o amor pelas palavras e dispõe
atitude continuadora do fator vida, no seio dos sistemas religiosos e profanos.
Vultos encapuzados de tochas acesas nas mãos calejadas deslizam, contudo,
misteriosos nas cavernas inundadas de substância verde que escorre nas pedras
em volta. Os representantes anônimos das arcaicas raízes ardentes do furor das
resistências, indivíduos mil, marujos desencaminhados nas frias ondas do mar do
Infinito, seres humanos da caravana e vadios sobreviventes, cavaleiros andantes
das jornadas mágicas de autores de Si, erguem os olhos e rezam.
Soltas assim, vadias
alimárias na busca das alvoradas além nutrem de esperança as ânsias
desesperadas, fé rigorosa que lhes invade a alma e desce e sobe os relevos dos
degraus da espinha dorsal, os palácios e planisférios das vendidas estradas. Tontos
de convicção, saltam inúmeros os impossíveis obstáculos da febre da dança
tribal, vagueiam alheios aos tribunais da consciência e se ajoelham perante os
totens; e devoram seus próprios símbolos na pele do corpo enigmático. Máquinas
perfeitas desfilam incontroláveis com meios conhecidos, resistem a tudo a duras
penas de adorar os nasceres de sol. Depositam aos pés da Eternidade este pedaço
de Mim que cabe ao Senhor que carrego comigo nos refolhos da Existência que
conduz incansável ao destino da Verdade.
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