Dizem os exigentes psicólogos que de perto ninguém é normal. Observados com uma lente de aumento rigorosa a mente das pessoas mostram patologias antes nem imaginadas. Aqueles que duvidarem que deem de mão dos livros e analisem os estragos produzidos pela raça no decorrer da história, ou peguem nas bancas o jornal de hoje para mergulhar nas alucinações e barbáries que formam o quebra-cabeça cotidiano. Isso feito e concluirão que, de perto, ninguém é normal, como insistem dizer os profissionais da Psicologia.
No entanto, em sendo assim, nada mudaria vistas as necessidades para tocar com saúde os investimentos humanos e suas consequências no amanhecer dos movimentos. Porém de muito pensar morreu um burro, diz o povo. Fossemos girar a roleta das escolhas e pouco sobraria do que chamamos coisa certa, neste mundo em formação.
Vira e mexe, lá de novo aparecem velhas mazelas dos anos anteriores, quais famosas novidades, a fim de encher o tempo dos bons observadores. Doidos de todo tipo botam barracas na frente dos palácios e vendem seus peixes. Isto quando não resolvem entrar e viver dentro dos edifícios suntuosos uma temporada emocionante. São os ardilosos políticos do plantão. Depois que experimentaram alternativas profissionais, de repente lançam as vistas querendo mandar nas instituições oficiais e conduzir a população laboriosa pelo deserto das sociedades.
Vestem camisas ilustradas, modelos formados nas agremiações e nos grupos de poder; chegam às praças e andam nas ruas de casa em casa pedido atenção e voto. Trazem nos bisacos o melhor dos modelos de governar e produzir as leis. Cabeças bem penteadas, rostos trabalhados nos cartazes, programas especiais de tirar da miséria os eleitores das periferias abandonadas, etc., etc., antigos, jeitosos... A cantilena conhecida desde que os primeiros aqui pisaram, vira moda e entra na ordem do dia até o apurado das urnas.
Mas agora recente, no Brasil, a mídia e as investigações deram de encontrar defeito na vida pregressa dos políticos que já caiu meia dúzia de ministros do Executivo, onde habitaria a fina flor do Planalto, o que leva perguntar parecido com o jargão dos psicólogos: Será que de perto os políticos também não são normais?
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