Ou preguiça moral, essa acomodação que sujeita alguns de não encarar a vida qual oportunidade para crescer com os padrões internos da personalidade. Melhorar sentimentos e pensamentos. Olhar a si e aos outros para instrumentos de evolução além dos valores só materiais, interesseiros e imediatos. Querer aprimorar os conceitos e os comportamentos das ações diárias. Prevenir oportunidades que oferecem paz interior, vitória sobre os remorsos e as angústias.
Quase nunca alguns acomodados nos seus gestos dão prioridade a pensar que mudar significa tão pouco. Hábitos antigos entranham tanto na rotina que viram mania e revelam, por vezes, criaturas abusadas, agressivas, mal humoradas. A carne dessas pessoas parece doer menos do que a de outras. O peso da idade chega dominando tudo em volta, ainda assim. Quais bichos adoentados, marcam o roteiro das infelicidades humanas e botam gente a dobrar quarteirões querendo fugir das suas presenças indesejadas.
Imaginar que nasceram com tais destinos representa argumento de quem abandonou ao destino poder maior do que a ele cabe. Ninguém veio ao mundo a fim de servir de espantalho, porquanto todos têm direito de ser feliz à medida que descubra normas do bom viver. Entregar de mão beijada aos caretas o resultado das oportunidades vale o mesmo que trocar um prato de lentinhas pelas heranças dos reis, como aconteceu na história dos filhos de Isaque, netos de Abraão.
Mas multidões agem desse jeito, esquecidos que o futuro é resultado de esforços atuais; plantam, no entanto, sementes ruins e colhem, lá adiante, os dissabores amargos da dor, esquecidos de ser melhores nas histórias deste mundo. Vencer os pecados capitais primeiro há que se vencer a preguiça de trabalhar a consciência e construir sementeiras de humildade no canteiro do amor e do serviço ao próximo.
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