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segunda-feira, 27 de junho de 2011
VENCER A SI PRÓPRIO - Emerson Monteiro
Eita luta feroz essa que se trava dentro de nós, da gente com a gente mesmo. Pugna de maiores proporções jamais haverá. Um conflito de dois cachorros grandes, semelhante à comparação das lendas indígenas dos povos norte-americanos. A luta do Mal contra o Bem. Vencerá aquele animal que for mais bem alimentado, e quem os alimenta somos nós.
Assim acontece, pois, em face de passar por dentro das individualidades a lei que tudo atravessa neste mundo, a dualidade nas existências da matéria. No fim de resultar em equilíbrio, os dois pratos da balança mostram seu peso e flutuam, durante o tempo das relações humanas espalhadas nos palcos deste chão.
Certa hora vem pelos pés; outra, pela cabeça, no correr dos dias infinitos. Algo similar aos dias e às noites, noites e dias, andar das histórias que sucedem.
Essa peleja constante de administrar as individualidades significa amaciar os caminhos do dia seguinte. Vêm as provocações, a mensagem invade o ego e o comando responderá. Caso exista controle, algum conhecimento das consequências, o resultado produzido demonstrará o grau das pessoas. Os sentenciados de reações violentas ou as vítimas de depressão, comuns nestes ares nebulosos, sabem disso. Elas conhecem de perto o quanto as fronteiras da consciência precisavam de vigilância. Diante das limitações, impulsos descontrolados ocasionaram estragos de não ter tamanho.
Isso porque a quadra estreita do presente de velocidade acelerada na sobrevivência, rotinas estressantes, fere constante a paz social, regida pelo signo do desgaste na válvula da paciência.
O autodomínio, com tamanhos desafios, ganha mais que antes dimensões transamazônicas. Apagar o fogo dos instintos animais que ainda transportamos exigir o ensino de Jesus a todo segundo de Orai e vigia para não cair em tentação.
Os direitos individuais falam a linguagem desses tempos. Respeitar o direito dos demais para merecer o respeito que lhe cabe. As avenidas já estreitas viraram campo de prova. Sinais estabelecem pausas, na corrida do ouro. Lugares desapareceram debaixo dos pés dessa gente conduzida nas mãos dos especialistas da contenção e do inesperado. Pressa. Aflição. Fumaça. Poluição e desassossego. Tantas viagens distantes, na psicologia das almas, em um único lugar das cidades que diminuíram de tamanho no ritmo dos passos perdidos.
Vencer a si próprio requer, qual jamais, coragem extrema. Enquanto, nas mesas de negociação final, achar-se-ão reunidos aqueles a quem fizemos sofrer pela incompreensão e ausência do perdão, eles, os semelhantes que vieram junto a nós ensinar o quanto necessitávamos, na aquisição da humildade verdadeira.
Eis só algumas observações sobre a realidade presente nas condições desta jornada.
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