segunda-feira, 1 de junho de 2009

Palavra do Presidente

ACADEMIA LAVRENSE DE LETRAS – ALL

O termo Academia chegou-nos pela Escola de Platão e é a primeira instituição com esse nome, criada pelo filósofo, e que fora assentada no pequeno Monte Acádemus que pode significar, etimologicamente, “demos de Acaia” ou distrito de Acaia.

Quanto à nossa associação de literatos, idealizada sob a liderança de Dimas Macedo e instituída com o apoio e consenso de um grupo de intelectuais lavrenses, homens e mulheres, em almoço no Náutico Atlético Cearense, aceitou-se a denominação Academia Lavrense de Letras, que completa seu primeiro ano de existência, neste primeiro de junho de 2009.

Na assembléia que a instituiu a discussão não foi em torno do nome Academia, muitas vezes questionado, mas sim do termo “letras” que recebeu balizado esclarecimento do professor e poeta Linhares Filho, segundo o qual não constitui “pretensão adotar-se o termo em epigrafe”.

Ao histórico encontro de intelectuais lavrenses que se deu no recinto do tradicional clube fortalezense, seguiram-se importantes e fundamentais ações: a elaboração do Estatuto da novel Academia, discriminando a natureza jurídica dos cargos de direção e suas respectivas atribuições, além de outros elementos pertinentes à vida social e cultural da Entidade, tudo objetivando ao cumprimento dos “ditames da Constituição e do Código Civil”, a sua apresentação à sociedade cearense e a sua instalação em Lavras da Mangabeira, onde é sua Sede.

Estava criada a Academia que, com existência legal, agora se torna necessária à prática dos ideais expressos na Ata de constituição - a “semente intumescida em cérebro fértil que eclodiu em vontade única de elevar Lavras da Mangabeira a patamar de destaque no cenário nacional das letras e artes” – isto é, realizar os objetivos contidos em seu Estatuto.

Pensando assim, a Entidade fez realizar sessões especiais para a apresentação da nova Academia à sociedade fortalezense e, no dia 13 de dezembro de 2008, a solene instalação em Lavras da Mangabeira, Sede da Entidade.

Todo começo é difícil e, no caso da nossa Academia, quase nada temos a apresentar além das atividades de sua organização para ter existência legal. Registramos, porém, que, através da página da internet – http:/academialavrensedeletras.blogspot.com/ - um conteúdo importante, o perfil de cada patrono e de cada acadêmico/a; também, por esse meio eletrônico, registramos datas importantes sobre instituições e pessoas, sendo exemplos o centenário de morte de Machado de Assis, o centenário de nascimento de Antônio Filgueiras Lima e de Dom Helder Pessoa Câmara e 400 anos do nascimento do Padre Vieira. A Academia, por ocasião de sua apresentação à sociedade fortalezense, em parceria com o Consulado Honorário de Portugal em Fortaleza e apoio da Câmara de Comércio Brasil-Portugal e do Centro Cultural OBOÉ, dentro do programa lusófono, colaborou com o lançamento da Revista Portuguesa “Nova Águia” (nºs 1 e 2, 1º e 2º semestres de 2008). Trata-se de periódico originalmente denominado Águia por Fernando Pessoa, agora uma Revista de Cultura para o Século XXI. Também a nossa Academia coordenou o II Simpósio Lusofônico nos dias 14 e 15 de abril de 2009, organizado por Cristina Maria de Almeida Couto.

E tantas outras coisas, como convites e notas diversas registradas pela Internet, esse importante veículo de comunicação, inclusive o Relatório e Prestação de Contas do Exercício de 2008.

Agora, após um ano de existência da Academia, temos a obrigação de promover eleições para uma nova Diretoria, por ser provisória a atual equipe (Dimas Macedo, João Gonçalves de Lemos, Jeová Batista de Moura, Gilson Batista Maciel e Mário Bezerra Fernandes) que teve a incumbência primordial de sua organização e instalação. Essa organização básica da Entidade foi concluída e, além dela, a Academia, como dissemos, realizou poucas atividades pertinentes à finalidade prevista no seu Estatuto (art. 2º) que é a de “preservar, cultivar e promover o desenvolvimento da literatura e dos valores patrimoniais, culturais educacionais e históricos do Município de Lavras da Mangabeira”.

Registramos aqui a proposta do acadêmico, professor e escritor Linhares Filho, nosso Presidente de Honra, segundo a qual a Academia deve promover encontros freqüentes para apresentação de trabalhos, depoimentos e debates sobre cultura e artes e, assim, realizando os propósitos da Entidade.

Hoje (dia 1º de junho de 2009), às 17 horas, o colegiado da Academia fará realizar sessão comemorativa para enaltecer o acontecimento, no tradicional Seminário da Prainha, ocasião em que promove um evento cultural de real importância para a Entidade que se ocupa da preservação da memória cultural, nos mais variados aspectos. Será realizada pequena palestra sobre o centenário de nascimento de Dom Helder Pessoa Câmara, “O Profeta da Paz”, seguindo-se debate entre os presentes. As razões que justificam esta motivação são duas: a primeira é a temática a ser abordada, Dom Helfder Câmara; a segunda razão é a notoriedade e brilhantismo do acadêmico palestrante, ocupante da Cadeira 13, Padre, Dr. Clairton Alexandrino de Oliveira.

Em relação à figura do carismático Arcebispo de Olinda-Recife, vale realçar a grandeza espiritual e moral de sua personalidade, mormente no desempenho de seu ministério eclesiástico. Ele, que em momentos de tensão e pressão, ousou e desafiou os poderosos, despojando-se do comodismo e do conforto, posicionando-se corajosamente “entre o poder e a profecia”, conforme se intitulou uma recente publicação alusiva a sua pessoa. É, portanto, significativa a presente homenagem à figura de Dom Helder, pela Academia, no transcurso de seu centenário de nascimento. Os seus méritos levaram-no, por duas vezes, em 1970 e 1972, à condição de indicado para o Prêmio Nobel da Paz.

Essa demonstração de sensibilidade da Academia, preocupada com os assuntos que lhe são afetos, como o desse Evento, no momento também será lembrado o centenário de nascimento da extraordinária figura de lavrense, o professor, escritor e conferencista Antônio Filgueiras Lima, uma vida marcada por muitas realizações como poeta muito aplaudido, como educador, pois a frase “ensino como quem reza: com a alma genuflexa” está a sua filosofia de homem dedicado à educação..., um verdadeiro atestado de sua extraordinária dedicação à educação brasileira.

Hoje pela manhã, através da Rádio Vale do Salgado, o Presidente em Exercício da Academia, a viva voz, Professor João Gonçalves de Lemos, disse Mensagem alusiva ao primeiro ano de existência da Entidade, cumprimentando os lavrenses e, de modo geral, os ouvintes da Emissora, também cumprimentando os colegas acadêmicos/as que sediados em Lavras da Mangabeira - Marcondes Costa Pinheiro, Luiza Correia Lima Neta, Francisco Vasconcelos de Arruda Sobrinho, José Teles da Silva, nosso poeta Zé Teles, Padre Benedito Evaldo Alves e, por ser o Crato cidade mais próxima, o colega José Emerson Monteiro Lacerda. Sugeriu que eles realizem reunião tendo como tema os centenários de nascimentos de Dom Helder Câmara e Filgueiras Lima.

E também aproveitou a especial oportunidade oferecida pelo colega acadêmico Arruda Sobrinho, para parabenizá-lo pelos trinta anos de existência da Emissora - Rádio Vale do Salgado - que tantos bons serviços à população lavrense e a seus ouvintes em geral, através de suas ondas para informar, entreter, enfim levar a cultura até onde sua voz possa chegar.

João Gonçalves de Lemos, Presidente em Exercício da ALL.

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